Racha na direita com preferência de Bolsonaro por Flávio para a presidência

Escolha de Flávio Bolsonaro gera divisões entre apoiadores e moderados da direita brasileira

Decisão de Bolsonaro de apoiar Flávio para a presidência provoca divisão na direita.

Racha na direita com preferência de Bolsonaro por Flávio

A oficialização da preferência de Jair Bolsonaro por Flávio Bolsonaro para a presidência em 2026, anunciado em 5 de dezembro de 2025, provocou um racha significativo na direita brasileira. O apoio declarado pelo ex-presidente se tornou um ponto de discórdia entre seus apoiadores, dividindo opiniões e gerando uma nova disputa interna entre o bolsonarismo e a ala mais moderada, que almejava um apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Nas redes sociais, simpatizantes do núcleo mais fiel ao ex-presidente celebraram a decisão, postando mensagens de apoio. Um dos apoiadores chegou a compartilhar uma imagem em inteligência artificial de Flávio vestindo a faixa presidencial, destacando o entusiasmo com a indicação. Entretanto, por outro lado, defensores de Tarcísio expressaram frustração e indignação com a escolha, sugerindo que essa decisão poderia levar a um cenário eleitoral desfavorável.

Uma usuária do X (antigo Twitter) manifestou seu descontentamento, afirmando que condicionava seu voto no primeiro turno a um apoio a figuras como Renan Santos, colocando Flávio como uma opção indesejada. Mais reações negativas surgiram, com outros críticos afirmando que a escolha poderia resultar em mais quatro anos de mandato de Lula, colocando em dúvida as chances de vitória da direita com Flávio como candidato.

Entre os apoiadores de Tarcísio, a insatisfação era palpável. Comentários nas redes sociais refletiam uma visão de que a escolha de Flávio representava uma autossabotagem por parte de Bolsonaro, que, preso na sede da Polícia Federal e inelegível, estaria optando por um caminho sem retorno na dinâmica política.

Recentemente, um apoiador destacou a importância econômica de Tarcísio, associando-o à recuperação do mercado financeiro, uma vez que suas ações eram vistas como um motor para a alta da Bolsa e para a queda do dólar. A preferência por Flávio Bolsonaro, portanto, não só causou divisões entre apoiadores, mas também levantou preocupações sobre os impactos no mercado e na política em geral.

Apesar das reações negativas, a escolha de Flávio é considerada estratégica dentro do clã Bolsonaro. O ex-mandatário tem confiança de que seu filho, com um perfil mais moderado e capacidade de diálogo, mobilizaria apoio em diferentes palanques, incluindo o apoio do próprio Tarcísio e do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, ambos de partidos que pertencem ao espectro da direita.

A expectativa é que Flávio intensifique sua agenda de pré-campanha, promovendo viagens pelo país para se consolidar como um candidato viável. O movimento também está reestruturando as alianças políticas da direita; informações indicam que Michelle Bolsonaro pode lançar sua candidatura ao Senado pelo Distrito Federal, enquanto o vice de Flávio deverá ser um nome oriundo de um partido de centro.

As movimentações políticas também estão influenciando a estratégia do governo. Líderes do PT, por exemplo, defendem que Geraldo Alckmin, do PSB, forme uma nova dobradinha com Lula, o que indica que a escolha de Flávio poderá afetar as eleições em múltiplos níveis e articulações políticas.

Segundo informações apuradas, Tarcísio de Freitas foi comunicado pessoalmente da decisão de Flávio, em encontros realizados em São Paulo. A divisão entre os apoiadores e opositores da escolha de Flávio provavelmente continuará a gerar debates acalorados nos próximos meses, à medida que as eleições se aproximam.

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