A política de imigração da administração Trump visa recriar um passado racial que não reflete a realidade histórica.
A política de imigração de Trump busca um ideal de branco que nunca foi a realidade americana.
A política de imigração de Trump busca um ideal de branco que nunca foi a realidade americana. Enquanto sua administração enfrenta um desgaste crescente, o ex-presidente ataca com ferocidade jornalistas e grupos étnicos, em uma tentativa de reafirmar uma visão distorcida sobre a sociedade americana. Afinal, os ataques não se restringem a indivíduos com antecedentes criminais, mas se dirigem a qualquer um que não se encaixe em sua visão restritiva de cidadania.
Um exemplo claro disso é a recente retórica direcionada aos americanos somalis, grupo que sofre ataques tanto verbais quanto físicos. A triste realidade é que ações como as operações do ICE são um reflexo de uma política de imigração que utiliza mentiras para justificar suas ações, criando um clima de medo e terror entre milhões. Como apontado por Zohran Mamdani, prefeito eleito de Nova York, essas ações são cruéis e não servem à segurança pública.
A ilusão de uma América branca
O desejo de Trump e de seus aliados por uma América mais branca é uma representação de uma nostalgia por um passado que nunca existiu. Apesar de seus sentimentos de superioridade racial, a história da América sempre foi marcada pela diversidade. Desde a fundação do país, uma significativa porcentagem da população era composta por negros e indígenas. Portanto, as tentativas de purificar a demografia Americana, como as deportações em massa, não apenas falham em sua intenção, mas também ignoram as contribuições já feitas por essas comunidades.
Los Angeles, por exemplo, é uma cidade quase 50% latina, e a luta pela diversidade persiste apesar dos esforços de opressão. O nome da cidade em si é um lembrete sobre quem estava ali primeiro, evidenciando que as raízes da América são muito mais complexas do que os sonhos de uma supremacia branca.
O papel das políticas reprodutivas
Adicionalmente, a administração de Trump tem atacado os direitos reprodutivos, com o intuito de aumentar a população branca através de políticas que incentivam as mulheres brancas a terem mais filhos. Com uma taxa de natalidade abaixo da necessária para a substituição populacional, essa abordagem se revela uma tentativa de controle, ao invés de oferecer apoio real às famílias. Essas políticas pronatalistas, ligadas à imigração, são um reflexo da ideologia que busca manter um status quo racial.
Por meio da retórica de que a imigração é uma ameaça, a administração de Trump desvia a atenção das verdadeiras questões que afetam os cidadãos. A narrativa de que estrangeiros são os verdadeiros intrusos é uma manobra que ignora a realidade, em que muitos cidadãos americanos se veem como vítimas dos próprios agentes do governo que deveriam proteger a sociedade.
A resistência à narrativa de Trump
Frente a todos esses ataques, milhares de americanos têm se mobilizado em defesa de suas comunidades. A resistência se manifesta em diversas formas, desde protestos até a criação de redes de apoio para imigrantes. As ações de protesto e apoio aos imigrantes demonstram que a narrativa de Trump e seus seguidores não é aceita passivamente. Na verdade, a sociedade está se reerguendo, mostrando que o futuro da América não pode ser moldado apenas pelo medo e pela opressão.
A luta contra a visão segregacionista de Trump é uma batalha crucial para o futuro do país, e apesar de suas tentativas de divisão, a unidade entre os americanos que defendem uma sociedade diversificada e inclusiva só tem crescido. Essas vozes de resistência são a verdadeira representação do que significa ser americano. O que fica claro é que, enquanto houver luta e união, o legado de uma América verdadeiramente inclusiva prevalecerá.
Fonte: www.theguardian.com
Fonte: Shannon Stapleton/Reuters
