Nova estratégia de segurança de Trump: crítica à Europa e foco nas Américas

by J. David Ake/Getty Images

Documento propõe restaurar a preeminência dos EUA na América e aborda tensões com aliados europeus

A nova estratégia de segurança de Trump reitera o domínio dos EUA na América e critica aliados europeus.

A nova estratégia de segurança de Trump e suas repercussões

A nova estratégia de segurança nacional, divulgada na última quinta-feira, reafirma a intenção dos EUA de dominar o Hemisfério Ocidental. Este documento, que se baseia na política ‘America First’ de Trump, tem atraído críticas não apenas de autoridades europeias, mas também de especialistas e políticos dentro dos EUA.

Um foco renovado nas Américas

A estratégia destaca a necessidade de restaurar a preeminência americana na região, enfatizando que os EUA devem cultivar resistência dentro da Europa e aceitar os líderes do Oriente Médio ‘como são’. Essa abordagem contrasta fortemente com a visão tradicional de alianças que caracterizou a política externa americana nas últimas décadas. Ao invés de se concentrar na colaboração com aliados, a proposta sugere um distanciamento e um reproche às políticas europeias.

Críticas à retórica contra a Europa

Vários ex-oficiais europeus, incluindo o ex-primeiro-ministro sueco, Carl Bildt, e o ex-embaixador francês Gérard Araud, criticaram o documento, descrevendo-o como um ‘panfleto da extrema direita’. A linguagem utilizada sugere uma vulnerabilidade da Europa, com a afirmação de que certos países da OTAN podem se tornar majoritariamente não europeus nas próximas décadas. Isso levanta preocupações sobre a utilidade de alianças históricas e sobre a verdadeira posição dos EUA em relação aos seus parceiros.

A estratégia militar e suas práticas

O documento também menciona a revivificação da Doutrina Monroe, um antigo princípio que enfatiza a oposição a influências externas no Hemisfério Ocidental. A administração atual pretende utilizar essa base para justificar uma presença militar maior, especialmente no combate ao tráfico de drogas, que tem sido uma prioridade crescente. Desde setembro, os EUA intensificaram suas operações militares na região, resultando em mortes significativas de supostos narcotraficantes.

O papel da Europa na política externa dos EUA

Enquanto isso, a estratégia também aponta que a Europa deve ser vista como um adversário, uma ideia que contrasta com a histórica aliança entre os dois lados do Atlântico. Em vez de promover a cooperação, o documento sugere um papel ativo dos EUA na política interna europeia, visando cultivar resistência a trajetórias consideradas indesejáveis. O que isso implica para as democracias europeias e suas estruturas políticas é uma questão que ainda está sendo debatida.

Conclusão e implicações futuras

Com um foco no isolamento e no fortalecimento da posição dos EUA, a estratégia de segurança de Trump pinta um quadro complexo para as relações internacionais. Enquanto a administração procura afirmar sua hegemonia no Hemisfério Ocidental, a recepção negativa do documento por seus aliados tradicionais levanta questões sobre a eficácia e viabilidade a longo prazo da estratégia. A crescente hostilidade em relação à Europa, combinada com a promessa de um papel ativo no Oriente Médio, pode alterar os paradigmas políticos e de segurança globais nos próximos anos.

Fonte: time.com

Fonte: by J. David Ake/Getty Images

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