O governo intensifica esforços para abolir a jornada de trabalho atual e valorizar o bem-estar dos trabalhadores.

Lula e seu governo promovem debates sobre o fim da escala 6×1 para 2026, visando melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.

Fim da escala 6×1: uma prioridade para o governo Lula

O fim da escala 6×1 se torna uma pauta central para o governo Lula em meio aos preparativos para as eleições de 2026. Com a proposta em tramitação na Câmara, o governo reforça suas ações em favor dessa mudança, visando não apenas a redução da jornada de trabalho, mas também o aumento da qualidade de vida dos trabalhadores.

Mobilização em torno da proposta

Nos últimos dias, o Planalto intensificou sua oposição à atual escala de folgas. O presidente Lula, junto com a ministra Gleisi Hoffmann e o ministro Guilherme Boulos, organizou uma coletiva de imprensa que trouxe à tona a luta contra a escala 6×1, enfatizando a necessidade de um novo regime de trabalho. Boulos, por exemplo, criticou a proposta alternativa do deputado Luiz Gastão, que embora reduza a jornada semanal, mantém a folga de um dia.

O que diz a proposta de Érika Hilton

A pauta, que é defendida principalmente pela deputada federal Érika Hilton (PSol-SP), propõe uma jornada máxima de 36 horas por semana, com quatro dias de trabalho e três de descanso. O governo acredita que essa mudança é uma luta histórica dos trabalhadores e uma medida necessária na atualidade. Desde o início do ano, a proposta tem sido discutida na Comissão de Trabalho, mas ainda não obteve os avanços desejados.

Resistência e críticas à proposta

Apesar do avanço nas discussões, a proposta enfrenta desafios. O deputado Gastão, relator da Subcomissão Especial sobre a escala 6×1, argumenta que sua sugestão já traria melhorias significativas, enquanto Gleisi critica a redução de horas sem alterar o regime de folgas. O governo, por sua vez, defende que a mudança deve ser abrangente, visando realmente a melhoria das condições de trabalho.

A importância do apoio popular

A estratégia do Planalto também inclui um apelo ao apoio popular, com dados de uma pesquisa indicando que 65% dos brasileiros são favoráveis ao fim da escala 6×1. Essa aceitação é vista como um impulso para a pauta, especialmente no contexto das eleições de 2026. O governo tem utilizado as redes sociais para engajar a população, promovendo vídeos e posts que destacam a importância de garantir jornadas mais dignas para os trabalhadores.

O impacto no setor produtivo

Apesar das iniciativas do governo, setores como a Federação das Indústrias do Paraná expressam preocupação com a possível redução da jornada de trabalho sem aumento real de produtividade. Argumentam que tal movimento poderá comprometer a competitividade e o nível de emprego no país.

Conclusão: um desafio legislativo

A mobilização em torno do fim da escala 6×1 sinaliza a determinação do governo em priorizar essa questão. Contudo, a expectativa é de que o debate continue em 2026, dada a proximidade do recesso legislativo e a agenda cheia do Congresso. Fica evidente que, enquanto o governo busca apoio e visibilidade para a proposta, o desafio de encontrar um consenso entre as diferentes partes envolvidas se torna cada vez mais urgente.