Registro do atendimento ao menino destaca falhas no procedimento hospitalar em Manaus
Imagens mostram o atendimento ao menino Benício, que faleceu após erro médico em Manaus.
Erro médico Benício: contexto trágico e atendimento inadequado
Em Manaus, no Amazonas, imagens exclusivas divulgadas pelo programa Fantástico no último domingo (7) mostram o atendimento ao menino Benício Xavier, de 6 anos, que faleceu após um erro médico fatal no dia 23 de novembro. O caso levanta sérias questões sobre a responsabilidade dos profissionais de saúde e a condução do atendimento.
As imagens registradas por câmeras de segurança demonstram a chegada de Benício ao Hospital Santa Júlia com sintomas que incluíam tosse seca e febre. A mãe, Joice Xavier de Carvalho, relatou que suspeitava de uma inflamação na garganta e decidiu levar o filho à emergência. No entanto, o que deveria ser um atendimento padrão transformou-se em um pesadelo.
Detalhes da prescrição e aplicação da medicação
No dia anterior à sua morte, a médica Juliana Brasil Santos avaliou Benício e prescreveu adrenalina pura, não diluída, em três doses que totalizavam 9 miligramas. A família ficou confusa, pois anteriormente o menino havia recebido adrenalina por inalação. O questionamento da mãe sobre a aplicação intravenosa da medicação foi respondido pela técnica de enfermagem, Raíza Bentes, que também expressou incerteza quanto ao procedimento, mas seguiu as ordens confusas da médica.
As mensagens trocadas entre Juliana e outro médico revelaram que ela reconheceu o erro, admitindo a falha na prescrição em um documento enviado à polícia. Além disso, a alteração no registro do prontuário do paciente foi considerada por investigadores como uma tentativa de encobrir a negligência.
Consequências da falha médica para Benício
Após a aplicação da medicação, Benício foi rapidamente encaminhado à sala de emergência, onde enfrentou graves dificuldades respiratórias, apresentando uma saturação crítica de 75%. Mesmo sendo levado à UTI e passando por tentativas de intubação, o menino sofreu várias paradas cardíacas e não resistiu, vindo a falecer às 2h55 do dia 23 de novembro.
O caso está sob investigação pela polícia, que busca entender as circunstâncias que levaram à morte de Benício e as responsabilidades dos profissionais envolvidos. A médica Juliana e a técnica de enfermagem Raíza estão sendo investigadas e respondem ao inquérito em liberdade, mas a situação pode se agravar dependendo dos desdobramentos das investigações.
Implicações legais e depoimentos de testemunhas
O delegado Marcelo Martins, responsável pelo caso, afirmou que testemunhas presentes no hospital relataram que a médica tentou alterar a prescrição original para ocultar o erro. Se confirmadas as afirmações, isso pode trazer consequências legais mais severas. A investigação está focada em determinar se houve dolo eventual, ou seja, se os profissionais demonstraram indiferença em relação à vida do menino.
As repercussões desse trágico evento refletem a importância da responsabilidade profissional na área da saúde e levantam questões sobre a segurança dos pacientes em hospitais. Este caso será acompanhado de perto por advogados, autoridades e pela sociedade, que clama por justiça por Benício.
Fonte: baccinoticias.com.br
Fonte: Bacci Notícias
