Análise destaca desafios da empresa no cenário otimista do mercado
Raízen (RAIZ4) não atende expectativas, enquanto Ibovespa celebra máximas.
Raízen (RAIZ4) e o impacto no mercado financeiro
Com o final de ano se aproximando, o Ibovespa (IBOV) também entrou em clima de festividades, batendo máximas históricas. Neste contexto, a Raízen (RAIZ4) não conseguiu atender as expectativas dos investidores, refletindo uma preocupação crescente no mercado.
A empresa de energia Raízen chegou à bolsa como uma grande promessa, com suas ações iniciando negociação a R$ 7,40. Contudo, desde então, o papel da companhia perdeu impressionantes 88% de seu valor. Esse declínio é atribuído, em grande parte, aos altos juros e à crescente dívida da empresa. Além disso, a análise do UBS-BB rebaixou a recomendação para venda, cortando o preço-alvo em 36%.
Desafios financeiros e consumo de caixa
O cenário é marcado por um pessimismo significativo, onde analistas preveem que o consumo de caixa da Raízen será superior ao esperado. Com os preços do etanol e açúcar se mostrando mais fracos, a situação se agrava. A Cosan, controladora da Raízen junto com a Shell, mencionou que soluções financeiras, como uma possível injeção de capital, podem levar até seis meses para serem implementadas. Entretanto, a expectativa do UBS-BB é que a melhora venha com restrições.
A venda de ativos pode ajudar a aliviar a situação, mas muitos especialistas acreditam que essa não é a resposta definitiva para os desafios que a Raízen enfrenta.
O desempenho de outras ações no Ibovespa
Enquanto isso, a Vale (VALE3) se destaca, acumulando quase 30% de alta em três meses e alcançando a faixa de R$ 70. Essa valorização não era observada desde 2023. A corretora Genial, reconhecendo esse movimento, elevou o preço-alvo para as ações da Vale e reafirmou sua recomendação de compra, principalmente devido à expectativa de força para o minério de ferro.
A Vale tem adotado estratégias para garantir lucros, reduzindo investimentos e controlando gastos de maneira mais rígida. De acordo com a Genial, essa abordagem permite à Vale crescer enquanto diminui seu nível de investimento. A projeção é que 2025 seja encerrado com cerca de US$ 5,5 bilhões em lucros.
BTG Pactual se destaca com resultados impressionantes
Outro destaque no mercado é o BTG Pactual (BPAC11), que quebrou vários recordes ao longo do ano. Enquanto muitos no mercado considerariam um retorno de 20% como um sucesso, o banco reportou uma impressionante rentabilidade de 28% no terceiro trimestre. Essa rentabilidade – ou ROE, que representa o retorno sobre o patrimônio líquido – mostra a eficácia do banco na alocação de capital.
Os resultados do BTG também incluem um aumento de 100% no valor das suas ações durante o ano. Os especialistas prevêem um crescimento contínuo para o Safra, com o preço-alvo sendo elevado para R$ 70. O BTG está em uma intensa competição com instituições como Itaú e Bradesco, mas a sua cultura organizacional mais enxuta e aquisições estratégicas o destacam no setor.
Projeções para o mercado de ações
Na reunião anual do BTG, os planos para expandir a franquia e aumentar a rentabilidade foram apresentados. Além disso, a recomendação bônus do programa ficou com a Multiplan (MULT3), que segundo a analista Larissa Quaresma da Empiricus Research, pode ser favorecida pelo ciclo de cortes na Selic previsto para 2026. Essa expectativa é particularmente relevante devido à sensibilidade das ações de shopping centers em relação aos juros.
A analista também mencionou outras nove ações que podem ser oportunidades de compra para este mês, visando janeiro do ano que vem. Para aqueles que desejam aprofundar-se nas análises e decidir sobre ações para sua carteira, é sugerido acompanhar o programa Money Picks no YouTube.
Fonte: www.moneytimes.com.br


