Mudanças nas taxas refletem revisões de expectativas de inflação e decisões do Copom
As taxas do Tesouro Direto oscilam em meio a revisões de expectativas de inflação.
Taxa do IPCA+ oscila em dezembro de 2025
As taxas do IPCA+ estão em evidência nesta segunda-feira (8), apresentando oscilações que revelam a instabilidade do cenário econômico. Os títulos atrelados à inflação estão divididos entre altas e baixas, refletindo as revisões das expectativas do Banco Central sobre a inflação nos próximos anos.
Variação dos títulos do Tesouro Direto
Os retornos dos títulos prefixados, com vencimentos em 2028, 2032 e 2035, estão agora em 13,14%, 13,57% e 13,62%, respectivamente. Isso representa uma pequena queda em relação aos 13,15%, 13,61% e 13,66% do último fechamento. Por outro lado, a taxa do Tesouro IPCA+ 2035 caiu para 7,28%, enquanto os títulos com vencimentos em 2029 e 2045 mantiveram-se estáveis em 7,81% e 7,02%.
Os títulos com vencimentos mais longos, como os de 2040, 2050 e 2060, apresentaram alta nos rendimentos, alcançando 6,89%, 6,88% e 7,00%. Essas taxas eram um pouco inferiores na véspera, quando os rendimentos eram de 6,85%, 6,84% e 6,98%.
Expectativas do Boletim Focus
O Boletim Focus, divulgado hoje, trouxe novas projeções que influenciam o mercado. As estimativas para a inflação foram reduzidas, passando de 4,43% para 4,40% em 2025 e de 4,17% para 4,16% em 2026. Esses dados indicam um otimismo cauteloso entre os economistas quanto à evolução da economia brasileira nos próximos anos.
Além disso, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é agora projetado em 2,25% para 2025, 1,80% para 2026 e 1,84% para 2027, mostrando um leve aumento nas expectativas de crescimento econômico.
O câmbio, por sua vez, permanece inalterado, com a previsão de que o dólar se mantenha em R$ 5,40 ao final deste ano e em R$ 5,50 entre 2026 e 2028.
O futuro da taxa Selic
As expectativas para a taxa Selic também sofreram alterações, com a previsão atual para o próximo aumento subindo de 12% para 12,25%. No entanto, para este ano e os dois anos seguintes, as estimativas de 15%, 10,50% e 9,50% permanecem constantes.
Esta semana marca a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, onde se espera que a taxa básica de juros seja mantida em 15%. O presidente do Copom, Gabriel Galípolo, já sinalizou que o cenário econômico atual não é propício para cortes, trazendo um ar de cautela ao mercado. A decisão do Copom será crucial para definir a direção das políticas econômicas no horizonte próximo.
Em suma, as oscilações nas taxas do IPCA+ e as revisões nas expectativas refletem a interdependência entre as políticas monetárias e a evolução da inflação no Brasil, mostrando que os investidores devem estar atentos às movimentações do Copom e às análises de mercado que surgem nas próximas semanas.
Fonte: www.moneytimes.com.br


