Desafios legais contra a remoção de programas de DEI por Trump

Administrative Office of the U.S. Courts

A primeira ação judicial significativa contra as ordens de Trump sobre diversidade, equidade e inclusão

Ação judicial desafia ordens de Trump sobre programas de DEI, levantando questões sobre discriminação e poder executivo.

Ação judicial contra ordens de Trump sobre programas de DEI

No dia 3 de dezembro de 2025, quatro ex-funcionários federais moveram uma ação judicial significativa contra o presidente Donald Trump, questionando a legalidade de suas ordens que eliminam os programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI). A ação, ajuizada no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia, pretende estabelecer se um presidente pode retirar servidores civis com base em ideologias percebidas ou em funções relacionadas à equidade.

Os autores da ação, conhecidos como Fell et al. v. Trump et al, alegam que as ordens executivas de Trump, emitidas em janeiro de 2025, resultaram em demissões ilegais em várias agências federais, podendo afetar milhares de funcionários. Segundo a reclamação, as demissões desrespeitam os direitos constitucionais dos trabalhadores, especialmente quando baseadas em interpretações ideológicas.

Impacto das ordens executivas de Trump sobre a civilidade

A discussão em torno das ordens executivas abrange a possibilidade de discriminação política no ambiente de trabalho federal. Os autores indicam que a administração de Trump se moveu para eliminar todos os escritórios e cargos de DEI, afetando não apenas os funcionários que ocupavam essas funções, mas também aqueles relacionados a trabalho de direitos civis, como foi o caso dos autores da ação. Nenhum dos autores ocupava uma posição formal em escritórios de DEI, mas foram demitidos por sua associação com iniciativas de equidade.

A ação judicial levanta questões cruciais sobre os direitos dos funcionários federais em um ambiente de trabalho que deve ser, idealmente, livre de retaliação política. Os autores afirmam que essa purga não só prejudica a competência do governo, mas também contraria legislações que protegem os direitos de expressão e associação dos trabalhadores.

O que está em jogo para os funcionários federais

Os advogados dos autores argumentam que as demissões em massa violam as leis federais de serviço civil, uma vez que as ordens não eliminam cargos específicos, mas visam empregados individuais. Isso desafia a estrutura fundamental de proteção de carreira civil, que deve ser isenta de ideologia política. A magnitude do impacto potencial da ação é significativa, pois pode abranger milhares de trabalhadores demitidos sob as diretrizes anti-DEI da administração.Trump

Enquanto a ação avança, a juíza Chutkan enfrentará a tarefa de determinar a legitimidade das demissões: foram elas um exercício legal da autoridade executiva ou parte de uma purga discriminatória e politicamente motivada? O resultado do caso pode criar um precedente importante em relação à autoridade presidencial sobre a civilidade e as proteções dos direitos dos empregados em situações semelhantes.

A reação do governo e as próximas etapas

A administração Trump defendeu suas ações, afirmando que a proteção dos direitos civis e a ampliação das oportunidades para todos os americanos são prioridades fundamentais. No entanto, críticos, incluindo organizações de direitos civis, argumentam que as ordens desmantelam proteções há muito estabelecidas que garantem igualdade nas oportunidades de emprego.

O Ministério da Justiça deve apresentar sua resposta à ação, possivelmente movendo-se para rejeitar o caso. Enquanto isso, os demandantes podem buscar um mandado de segurança para suspender quaisquer demissões relacionadas a DEI até que o caso seja decidido.

Conforme o processo avança, o tribunal definirá um cronograma para as etapas do caso, incluindo a certificação da classe, um passo crítico, visto que os autores pretendem representar milhares de trabalhadores afetados. Se o caso sobreviver a movimentos iniciais, a fase de descoberta poderá exigir que várias agências produzam comunicações internas, o que poderá desnudar a implementação das ordens executivas.

Importantes decisões sobre um mandado de segurança ou certificação de classe poderão gerar recursos ao Circuito de D.C., prolongando ainda mais a linha do tempo. O desfecho deste caso poderá estabelecer um marco sobre como os direitos dos funcionários federais são protegidos contra demissões baseadas em ideologia, impactando a paisagem política e jurídica do país.

Fonte: www.newsweek.com

Fonte: Administrative Office of the U.S. Courts

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