Nova estratégia de segurança ignora ameaças reais à segurança dos EUA

of two figures (left, Pete Hegseth

Análise crítica sobre a nova abordagem do governo Trump em segurança nacional

Análise crítica da nova estratégia de segurança nacional de Trump, que ignora ameaças reais.

A nova estratégia de segurança nacional (NSS) apresentada pela administração Trump demonstra uma abordagem preocupante em relação à segurança do país, sugerindo uma despreocupação com ameaças reais em favor de um foco em um mundo anti-iliberal. Ao contrário da NSS anterior, que enfatizava a competição com potências como China e Rússia, a nova política parece ignorar as preocupações sobre essas nações, proporcionando uma análise enviesada da segurança americana.

A NSS recente não menciona a crescente capacidade cibernética da China, que tem comprometido redes de telecomunicações dos EUA através de operações como a denominada Salt Typhoon. Este tipo de vulnerabilidade não apenas expõe o país a escuta de comunicações, mas também cria um cenário em que as infraestruturas críticas, como água e energia elétrica, ficam suscetíveis a ataques devastadores. Apesar da gravidade das evidências, a estratégia de segurança ignora essas realidades.

Desconsiderando as Potências Rivais

Em vez de tratar a China e a Rússia como ameaças, a NSS de Trump parece ver essas nações sob uma ótica economicamente vantajosa, esperando por um relacionamento mutuamente benéfico. Essa visão é contraditória, considerando que tanto a China quanto a Rússia têm desenvolvido suas capacidades militares e de espionagem em relação aos Estados Unidos. Por exemplo, a avaliação de ameaças de 2025 pela Comunidade de Inteligência dos EUA destaca que a Rússia está trabalhando em satélites armados com capacidade nuclear. A falta de menção a essas ameaças na NSS apaga preocupações legítimas sobre a segurança americana.

Além disso, a estratégia não discute como evolução tecnológica como a inteligência artificial pode impactar a segurança nacional. Recentemente, um grupo patrocinado por estados chineses utilizou capacidades de IA para realizar ataques cibernéticos em larga escala, demonstrando que a tecnologia está mudando a natureza das ameaças enfrentadas pelos EUA. A falta de uma abordagem proativa para lidar com essas questões dá margem a um aumento na vulnerabilidade nacional.

Uma Aliança Entre Adversários

Outra preocupação crescente é a cooperação entre as potências adversárias. A Rússia tem colaborado com a China em termos de tecnologia militar, enquanto a Coreia do Norte fornece apoio militar à Rússia na guerra contra a Ucrânia. A falta de reconhecimento dessas alianças na nova NSS pode refletir uma visão míope sobre as dinâmicas geopolíticas atuais. A estratégia não menciona as implicações de uma guerra potencial entre Estados Unidos e China e como essa situação poderia se globalizar devido às alianças formadas.

Uma Política Distorcida

O que se percebe, então, é uma NSS que prioriza a construção de uma ordem internacional que favorece uma visão distorcida de segurança, ao invés de lidar com ameaças reais. A administração parece ter um objetivo subjacente de promover um modelo internacional que favorece poderes revisionistas e se opõe a alianças existentes, como a União Europeia, que atualmente é um aliado estratégico em diversas questões, incluindo a contenção da China.

Considerações Finais

A nova estratégia de segurança americana não apenas ignora os perigos que a nação enfrenta, mas também pode estar construindo um cenário em que as verdadeiras ameaças são subestimadas. A administração Trump e suas políticas podem criar ilusões de segurança que não correspondem à realidade, levando a consequências potencialmente desastrosas para a segurança nacional dos EUA. Sem um reconhecimento claro das ameaças internacionais e uma abordagem estratégica focada, o país pode se encontrar em um estado de vulnerabilidade sem precedentes.

Fonte: www.theatlantic.com

Fonte: of two figures (left, Pete Hegseth

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