Medida acontece após dez dias sem novos registros de intoxicação no Brasil
Ministério da Saúde encerra grupo de crise após dez dias sem novos casos de intoxicações por metanol.
Encerramento do grupo de crise sobre intoxicações por metanol
O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (8), o encerramento da Sala de Situação criada em outubro para acompanhar a epidemia de intoxicações por metanol no Brasil. A decisão, fundamentada em uma portaria oficial, se dá diante da estabilidade epidemiológica, após dez dias sem a confirmação de novos casos de intoxicação.
Situação epidemiológica no Brasil
De acordo com o ministério, o último caso confirmado de intoxicação ocorreu quando um paciente apresentou sintomas em 23 de novembro, sendo oficialmente registrado no dia 26 do mesmo mês. Em um período entre 26 de setembro e 5 de dezembro de 2025, foram recebidas 890 notificações, das quais 73 resultaram em diagnósticos positivos, levando a 22 mortes. Até o momento, 29 casos permanecem sob investigação e 788 foram descartados. O estado de São Paulo foi o mais impactado, contabilizando 50 dos casos confirmados e 10 mortes.
Ações de contenção e vigilância
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, enfatizou que o monitoramento dos casos de intoxicação por metanol continuará, apesar do encerramento da estrutura emergencial. “Encerrar a Sala de Situação não é interromper o monitoramento. O cuidado permanece e a vigilância segue sem qualquer interrupção”, declarou Padilha. O acompanhamento das intoxicações será reintegrado ao fluxo regular do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Impacto nas unidades federativas
Outros estados afetados pelo surto incluem Pernambuco, com 8 casos e 5 mortes; Mato Grosso com 6 casos e 3 óbitos; Paraná com 6 casos e 3 mortes; e Bahia, que registrou 2 casos e 1 óbito. Além disso, há 1 caso confirmado no Rio Grande do Sul e 9 mortes que ainda estão sob investigação, distribuídas entre São Paulo, Pernambuco e Alagoas.
Medidas preventivas e antídotos
A Sala de Situação foi responsável por articular ações entre várias instituições, incluindo a Anvisa e a Polícia Federal, focando em controlar a circulação de bebidas alcoólicas adulteradas, que são a raiz do problema. O metanol, um álcool tóxico, apresenta sérios riscos à saúde, podendo causar cegueira, falência de órgãos e morte mesmo em pequenas quantidades. Como resultado dos esforços do governo, todos os estados brasileiros agora possuem estoques adequados de antídotos e melhor capacidade de diagnóstico, o que permite uma resposta ágil a novos focos de intoxicação que possam surgir no mercado ilegal de destilados.
Fonte: jovempan.com.br
Fonte: Anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha


