Presidente classifica ato de Glauber Braga como desrespeito à democracia
Hugo Motta afirma que ocupação da cadeira da Presidência da Câmara foi desrespeitosa à democracia.
Ocupação da cadeira da presidência gera polêmica na Câmara
A ocupação da cadeira da Presidência da Câmara dos Deputados pelo deputado Glauber Braga (Psol-RJ) foi classificada como um desrespeito à democracia pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). O incidente ocorreu durante uma sessão extraordinária, quando Braga decidiu protestar contra a votação da cassação de seu mandato, resultando na interrupção das atividades do Plenário.
Hugo Motta condena ato e defende a instituição
Motta declarou que “a cadeira da Presidência não pertence a mim. Ela pertence à República, à democracia e ao povo brasileiro”. Ele acusou Braga de transformar o espaço em um “instrumento de intimidação”, enfatizando que nenhum parlamentar pode agir fora da lei ou do Regimento Interno. Segundo ele, ações como essa minam os valores democráticos, pois quem se diz defensor da democracia deve respeitar as instituições e o debate plural.
Motta salientou que o extremismo não tem lado e que, portanto, todos devem respeitar a legislação para garantir o funcionamento adequado da democracia. Ele afirmou que “Quem tenta humilhar o Legislativo, humilha a si mesmo” e reafirmou seu compromisso em proteger a Câmara como uma instituição sólida, serena e inegociável.
Reação à condução de segurança
Após a ocupação, Glauber Braga foi retirado da cadeira por policiais legislativos, conforme os procedimentos de segurança estabelecidos. Motta enfatizou que a ação estava em conformidade com os protocolos de segurança, visando garantir a ordem no Parlamento. “O ingresso e a permanência nos locais sob responsabilidade da Câmara podem ser interrompidos por questões de segurança”, lembrou o presidente.
Ações futuras e pedidos de cassação
A sessao também abordou a votação de pedidos de cassação de Glauber Braga e da deputada Carla Zambelli (PL-SP) prevista para o dia 10. O deputado foi acusado de ter se comportado de maneira inadequada em uma incidente anterior, o que levou sua cassação ser aprovada pelo Conselho de Ética em abril.
Por sua vez, Braga contestou a votação, afirmando que apenas ele está sendo alvo da situação. A troca de farpas entre os parlamentares de diferentes partidos acirrou o clima na Casa, com críticas mútuas sobre a aplicação da lei e a condução dos trabalhos.
Apontamentos sobre a atuação da Polícia Legislativa
Vários deputados, tanto da oposição quanto da base governista, reagiram ao episódio da ocupação, com algumas vozes apoiando a ação da Polícia Legislativa e do presidente da Casa, ressaltando que a legalidade deve prevalecer em quaisquer circunstâncias. O clima de tensão nos debates sobre os direitos e deveres dos parlamentares se intensificou, destacando o eterno desafiante equilíbrio entre liberdade de expressão e a manutenção da ordem legislativa no Brasil.
Fonte: www.camara.leg.br
Fonte: Agência


