Taxa de juros no Brasil e EUA: superquarta decidindo o futuro

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

Brasil e Estados Unidos definem suas taxas de juros com expectativas de cortes

Decisões sobre a taxa de juros do Brasil e EUA impactam mercado financeiro.

Taxa de juros em debate: Brasil e Estados Unidos em superquarta

Na superquarta, 10 de dezembro de 2025, o Banco Central (BC) do Brasil e o Federal Reserve (FED) dos Estados Unidos se encontrarão para decidir o patamar da taxa de juros de ambos os países. Atualmente, a Selic no Brasil está em 15% ao ano, enquanto a taxa americana varia entre 3,75% e 4% ao ano. A expectativa do mercado financeiro gira em torno de possíveis cortes nos juros americanos, um movimento que os especialistas já precificaram de certa forma.

Expectativas para o Federal Reserve

O FED, que já iniciou cortes anteriores, é pressionado pela necessidade de fomentar o mercado de trabalho, mesmo diante de uma inflação que permanece resiliente. Bruna Centeno, economista da Blue3 Investimentos, destaca que a inflação tem um impacto contrário, mas a preocupação com a economia e o emprego é uma prioridade no momento. A imprensa internacional está atenta à decisão, que pode influenciar mercados ao redor do mundo.

O cenário brasileiro e a manutenção da Selic

No que diz respeito ao Brasil, as expectativas apontam para a manutenção da Selic em 15%. O Comitê de Política Monetária (Copom) revelou em seus últimos comunicados que a comunicação do BC se manteve cautelosa, reiterando o compromisso de controlar a inflação em torno da meta de 3%, com uma margem de 1,5 ponto percentual. O economista-chefe do Banco Daycoval, Rafael Cardoso, explica que a abordagem do Copom visa evitar que o mercado interprete um sinal de que cortes de juros se iniciarão em janeiro, reforçando a necessidade de taxas elevadas por enquanto.

Impacto das taxas de juros na economia

A Selic é um dos principais instrumentos de controle da inflação. O aumento da taxa de juros tende a restringir o consumo e os investimentos, tornando o crédito mais caro e impactando a atividade econômica. Isso, em última instância, ajuda a desacelerar a inflação, mas também pode levar a um desaquecimento da economia. Projeções recentes sugerem que muitos analistas duvidam que a Selic volte a níveis de dois dígitos durante o governo Lula.

Próximos passos do Copom e mudanças na diretoria do BC

A próxima reunião do Copom está agendada para os dias 27 e 28 de dezembro, onde novas decisões serão tomadas. Além disso, os mandatos de dois diretores do Banco Central terminam no final do mês, e a expectativa é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indique novos nomes, solidificando seu controle sobre a política monetária. Entre os indicados estão Gabriel Galípolo como presidente do BC e vários diretores que comporão o comitê, embora as sabatinas necessárias no Senado possam atrasar esse processo.

Com essas decisões importantes em pauta, o mercado se mantém atento às movimentações e pronunciamentos das autoridades monetárias.

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