Impacto da queda no turismo canadense nas empresas dos EUA

Jason Redmond/AFP/Getty Images

Relatório destaca como o turismo em baixa afeta economia americana

Queda no turismo canadense impacta negativamente empresas dos EUA, revela relatório do Joint Economic Committee.

Queda no turismo canadense e suas consequências para os EUA

A queda no turismo canadense tem gerado prejuízos significativos para empresas nos Estados Unidos, especialmente nas regiões fronteiriças. Um novo relatório do Joint Economic Committee (JEC) revela que, de janeiro a outubro de 2025, o número de veículos de passageiros cruzando a fronteira caiu quase 20% em comparação ao mesmo período do ano anterior. As principais razões incluem tarifas e tensões políticas emergentes, que têm esfriado as viagens e os gastos dos canadenses nos Estados Unidos.

A senadora Maggie Hassan, membro sênior do JEC, comentou: “Canadenses sempre visitaram estados como New Hampshire para ver familiares e desfrutar das ofertas locais. Hoje, as tarifas e as provocações políticas estão impactando a frequência desses visitantes, colocando em risco diversos negócios americanos”. A situação é alarmante, e em alguns estados, a queda foi ainda maior, chegando a 27% em algumas localidades.

Impacto financeiro no comércio local

A retração do turismo significa para os negócios mais do que apenas números; trata-se de receita perdida. Shirley Hughes, CEO da Visit Fargo Moorhead, enfatiza que “menor demanda por hotéis significa menos empregos e investimentos”. Enquanto isso, a falta de turistas canadenses é palpável em locais como Colebrook, New Hampshire, onde a proprietária da loja de presentes, Elizabeth Guerin, observa que a quantidade de visitantes canadenses caiu drasticamente.

As vinícolas também estão sentindo o impacto da redução no turismo. Scott Osborn, da Fox Run Vineyards, menciona que “menos visitantes significam menos degustações e vendas, afetando a operação como um todo”. Este efeito dominó toca em todas as áreas que dependem do turismo transfronteiriço.

Desafios para o turismo na fronteira

Organizadores de festivais na Costa Oeste, como Kevin Coleman do SeaFeast em Bellingham, Washington, notaram uma queda significativa em seu público. “A ausência de visitantes canadenses desde março deste ano é sentida não só em nossos eventos, mas também nas expectativas financeiras de nossos fornecedores e colaboradores”, ele ressalta. A questão que paira sobre todos é se e quando os canadenses retornarão, e quanto desse mercado perdido pode ser recuperado.

Relacionamentos sociais e emocionais em risco

A preocupação vai além da economia; as relações sociais estão igualmente ameaçadas. Propriedades como a Old Stagecoach Inn em Vermont relatam que os canadenses estão desenvolvendo novos hábitos de viagem, criando memórias e tradições em lugares alternativos. Como alerta Christa Bowdish, “o dano emocional leva tempo para cicatrizar, e cada visita não feita é uma oportunidade perdida de manter laços que existem há gerações”.

Com o turismo vital para a economia de várias cidades na fronteira, o retrocesso na visitação canadense representa não apenas um desafio econômico, mas também um golpe na identidade cultural e social dessas comunidades. O futuro desses negócios, e até mesmo a recuperação do turismo, depende de um novo diálogo e entendimento entre as duas nações.

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