Nikolas critica apoio de parte da direita a Glauber Braga

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Deputado expressa descontentamento com a suspensão do mandato do psolista

Nikolas Ferreira critica a suspensão de mandato de Glauber Braga e posicionamento da direita.

Polêmica surge após suspensão do mandato de Glauber Braga

Em uma ação controversa, a Câmara dos Deputados decidiu suspender o mandato do deputado Glauber Braga (PSol-RJ) por seis meses na noite de 10 de dezembro de 2025. Esta decisão ocorre em meio a uma intensa discussão política, e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) não hesitou em criticar seus colegas de direita que apoiaram esta manobra.

Nikolas expressou sua indignação em uma publicação no X, onde afirmou que observar ‘gente de direita com pena de comunista’ é, na verdade, um reflexo da ignorância que permeia a guerra política atual. O desfecho da votação surpreendeu muitos, pois o Conselho de Ética da Câmara havia recomendado a cassação de Braga e sua inelegibilidade por um período de oito anos. Contudo, uma emenda apresentada pelo PSol, que previa apenas a suspensão de seu mandato, recebeu um apoio significativo, resultando em uma aprovação que contou com 318 votos a favor e 141 contra.

Votação e consequências para Bibo Nunes

Em meio a essa polêmica, o deputado Bibo Nunes, que justificou seu voto a favor da suspensão do mandato de Glauber, foi destituído de sua vice-liderança dentro do partido PL. Em seu discurso, Bibo argumentou que a escolha por apoiar a suspensão se deu pela percepção de que não haveria votos suficientes para aprovar a cassação. Ele acreditava que, caso a emenda fosse rejeitada, nenhuma penalidade seria imposta a Glauber

Paradoxalmente, o posicionamento de Bibo gerou uma reação imediata dentro do partido, com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), destituindo-o de sua posição como vice-líder. Este movimento revela o nível de tensão dentro das fileiras da direita em relação a este caso específico.

Contestação das decisões e movimentações na Câmara

Outro deputado que se manifestou em favor da suspensão foi Kim Kataguiri (União-SP), que alinhou seu discurso à justificação de Bibo, reafirmando que não havia votos suficientes para a cassação de Glauber. Essa decisão gera um questionamento sobre a unidade da direita e sobre o que ela realmente defende em termos de ética e decoro parlamentar.

O caso de Glauber Braga envolve uma acusação de quebra de decoro, relacionada a um incidente ocorrido em abril de 2024, quando ele expulsou um militante do MBL, Gabriel Costenaro, das dependências da Câmara. Glauber defendeu sua atitude, alegando que reagiu após o militante ofender sua falecida mãe, Saudade Braga, ex-prefeita de Nova Friburgo (RJ).

Repercussões e ações futuras

Além da suspensão, o parlamentar já havia feito uma greve de fome de oito dias como forma de protesto contra o que classificou como perseguição política. Ele acusou o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, de estar por trás dessa articulação. Essa situação se complica ainda mais com a reação da Polícia Legislativa durante uma votação que ele conduziu, resultando na interrupção das transmissões oficiais e em graves acusações de agressões.

As críticas à atuação do deputado Motta, que anunciou a votação enquanto Glauber ocupava a Mesa Diretora, ecoam nas redes sociais e entre associações de jornalistas que presenciaram a atuação da polícia. A posição de Nikolas Ferreira e a destituição de Bibo Nunes ilustram a divisão interna na direita sobre como abordar a questão do deputado psolista, acentuando assim as tensões no atual cenário político.

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