O índice da bolsa brasileira reage a fatores internos e externos, com dólar em queda

Ibovespa fecha com leve alta, impulsionado por Wall Street e queda do dólar.

Ibovespa tem leve alta em meio a máximas históricas em Wall Street

O Ibovespa leve alta nesta quinta-feira (11), encerrando o dia com uma leve alta de 0,07%, alcançando os 159.189,10 pontos. Essa movimentação se deu em um cenário em que os índices de Wall Street atingiram seus valores máximos históricos, impulsionados pela recente decisão do Federal Reserve dos Estados Unidos em cortar juros. Durante a sessão, o dólar à vista também apresentou queda, fechando a R$ 5,4044, uma desvalorização de 1,17%.

Cenário político impacta o mercado

No cenário interno, a política continua sendo um tema relevante para os investidores. Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que recentemente anunciou sua pré-candidatura à presidência, deixou claro que não há condições para desistir da disputa, a menos que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, assuma o espaço. Essa situação traz incertezas ao mercado, visto que Jair Bolsonaro está inelegível e atualmente enfrenta questões jurídicas.

Além disso, o Palácio do Planalto confirmou uma conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a qual abordou a situação na América Latina, destacando a tentativa de mediação de Lula em questões regionais. O presidente brasileiro também mencionou a importância do diálogo em suas últimas conversas com líderes norte-americanos.

Decisões de política monetária e suas repercussões

O Ibovespa também reagiu à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que manteve a taxa Selic em 15% ao ano pela quarta vez consecutiva. O Comitê reafirmou que a estratégia de manutenção da taxa por um período prolongado é essencial para garantir a convergência da inflação em relação à meta. Essa postura provocou reações no mercado, principalmente entre investidores que aguardam sinais de novas projeções econômicas.

Desempenho de ações e setores

Entre as ações que mais impactaram o Ibovespa, as da Vale (VALE3) se destacaram, com um aumento de quase 2%, refletindo a entrada de capital estrangeiro, mesmo diante da fraqueza no setor de minério de ferro. Os papéis da mineradora foram os mais negociados, atingindo o maior preço desde fevereiro de 2023. Entretanto, o desempenho da Petrobras (PETR4) foi negativo, com uma queda de cerca de 2%, seguindo as oscilações do preço do petróleo Brent, que fechou em baixa de 1,47%.

A empresa de saúde Hapvida (HAPV3) obteve a maior alta do dia, com uma recuperação de 3%, embora ainda enfrente uma queda acumulada de 58% no ano. Por outro lado, a Suzano (SUZB3) enfrentou uma baixa superior a 4%, após atualizar suas projeções para investimentos futuros, o que não agradou aos investidores.

Reações às decisões do Federal Reserve

A decisão do Federal Reserve, que no dia anterior cortou os juros em 0,25 ponto percentual, gerou reações em Wall Street e teve impacto direto nas expectativas dos investidores brasileiros. A redução de juros, que já havia sido esperada, resultou em uma dissidência significativa entre os membros do Comitê, refletindo incertezas sobre o futuro econômico.

Fechamento dos índices

Os principais índices de Wall Street fecharam com resultados positivos, destacando a reação ao corte de juros. O Dow Jones subiu 1,34%, alcançando os 48.704,01 pontos, enquanto o S&P 500 teve um aumento de 0,21%, chegando aos 6.901,00 pontos. O Nasdaq caiu 0,26%, com preocupações específicas sobre empresas de tecnologia, como a Oracle, que enfrentaram quedas drásticas devido a previsões negativas sobre seus resultados financeiros.

Expectativas futuras

O Ibovespa e os mercados internacionais estarão atentos às próximas movimentações políticas e econômicas, principalmente para entender como as decisões do Copom e as conversas diplomáticas podem moldar o cenário futuro. Os investidores seguem monitorando tanto a inflação quanto as oscilações do mercado externo enquanto aguardam os desdobramentos da política interna brasileira.

Fonte: www.moneytimes.com.br

Fonte: Agência