Imagens do telescópio Chandra revelam como buracos negros influenciam aglomerados de galáxias

Novo processamento de imagens fornece detalhes sobre a interação entre buracos negros e as maiores estruturas do universo

O telescópio Chandra utiliza nova técnica para mostrar a influência dos buracos negros em aglomerados de galáxias.

A nova técnica de processamento de imagens do telescópio Chandra

Recentemente, o telescópio Chandra da NASA apresentou novas imagens de aglomerados de galáxias que revelam detalhes fascinantes sobre como buracos negros centrais influenciam estas vastas estruturas. Utilizando uma técnica inovadora conhecida como “X-arithmetic”, os cientistas conseguiram separar os dados obtidos em raios-X de baixa e alta energia, permitindo uma análise mais detalhada das diversas características presentes no gás quente dos aglomerados.

Detalhes surpreendentes das estruturas cósmicas

Os aglomerados de galáxias, que são os maiores objetos do universo, são compostos por galáxias, gás quente e matéria escura. Muitas dessas estruturas abrigam buracos negros supermassivos em seus centros, que, através de suas explosões poderosas, criam jatos e bolhas que transferem energia ao gás ao redor. Isso resulta em formações complexas, como ganchos, anéis e asas. As novas imagens não apenas ressaltam onde o gás brilha mais intensamente, mas revelam como os processos físicos moldam os aglomerados.

Imagens que contam uma nova história

Lançadas no dia 9 de dezembro, as novas imagens incluem cinco aglomerados de galáxias como MS 0735+7421, o Aglomerado de Perseus, M87 no Aglomerado de Virgem, Abell 2052 e Cygnus A. A técnica “X-arithmetic” classificou as diferentes características do gás em três tipos distintos, cada um representado por uma cor específica: bolhas de jato em amarelo, gás resfriado ou em movimento lento em azul e ondas sonoras ou frentes de choque fracas em rosa neon.

A importância do feedback dos buracos negros

As imagens também destacam diferenças notáveis entre aglomerados e grupos menores de galáxias. O feedback dos buracos negros, onde a energia de suas explosões aquece e remodela o gás em torno deles, parece ser mais intenso em grupos menores de galáxias. Esses grupos, com menos gravidade, são mais facilmente perturbados, resultando em múltiplas frentes de choque e diferentes padrões de resfriamento do gás.

A evolução no estudo das estruturas galácticas

A técnica “X-arithmetic” não é apenas uma abordagem inovadora, mas também oferece um novo método para mapear a física de outras estruturas galácticas no universo. A pesquisa sugere que a compreensão da dinâmica dos buracos negros e sua interação com o ambiente ao longo de milhões de anos pode ser fundamental para decifrar os mistérios do cosmos.

Conclusão e impactos futuros

O estudo dos resultados foi publicado em 12 de agosto no periódico Astrophysical Journal e abre novas possibilidades para futuras investigações sobre as interações entre buracos negros e suas galáxias anfitriãs. Com essa nova técnica, os cientistas estão mais perto de responder perguntas fundamentais sobre a formação e a evolução do universo.

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