Trump exige que viajantes informem suas redes sociais; entenda como funcionará

Evelyn Hockstein

Nova proposta dos EUA requer histórico de mídias sociais de visitantes sem visto

Administração Trump exige que visitantes forneçam histórico de redes sociais. Entenda como isso funcionará.

Redes sociais e a nova proposta de Trump

A administração do presidente Donald Trump anunciou uma proposta controversa que exige que visitantes dos EUA divulguem suas redes sociais dos últimos cinco anos. Esta nova regra se aplica a viajantes que não necessitam de visto, um total de 42 países, incluindo Reino Unido e Japão. O objetivo é aumentar a segurança nacional através da análise das mídias sociais dos visitantes, conforme declarado no Federal Register.

Detalhes do sistema de autorização de viagem

Atualmente, o sistema ESTA permite que cidadãos de países participantes viagem aos EUA por até 90 dias sem necessitar de uma entrevista pessoal. A proposta altera esse sistema ao incrementar a coleta de dados pessoais, que inclui não apenas as redes sociais, mas também todos os números de telefone utilizados nos últimos cinco anos e e-mails dos últimos dez anos. Essas novas diretrizes visam aumentar as ferramentas de vigilância e controle sobre a entrada de estrangeiros no país.

Implicações da nova exigência

A exigência de divulgação de redes sociais implica que os viajantes terão que listar seus perfis públicos e fornecer dados pessoais extensivos. Porém, não será necessário compartilhar senhas ou credenciais de acesso. Isso levanta sérias preocupações sobre a privacidade dos cidadãos e a potencial vigilância do governo sobre suas informações pessoais. Especialistas em direitos civis alertam que essa medida poderá restringir a liberdade de expressão, já que muitos visitantes podem hesitar em se expor online.

O que motiva a mudança?

O Executivo 14161, que fundamenta essa proposta, foi assinado em janeiro de 2025 e tem como foco a proteção dos EUA contra ameaças de segurança nacional. Embora essa política tenha sido inicialmente proposta durante a primeira administração de Trump, as regras de social media já estavam em vigor para visitantes que não fazem parte do programa de isenção de visto desde 2019. A intenção é ampliar essa abordagem a mais viajantes e, potencialmente, a todos os solicitantes de imigração.

Consequências para o turismo e a liberdade de expressão

A crescente vigilância sobre os dados de viajantes e a necessidade de fornecer informações que podem ser utilizadas para monitoramento contínuo levantam questões sérias sobre os direitos dos estrangeiros nos Estados Unidos. A advogada Caroline DeCell, da Columbia University, comentou que essa proposta poderá levar a uma situação onde quase todos os não-cidadãos enfrentem vigilância social indeterminada. Isso pode ter um impacto desestimulante sobre o turismo, afetando negativamente a imagem dos EUA como um destino amigável.

Opinião pública e próximos passos

Após a proposta ser divulgada, o público tem um período de 60 dias para comentar sobre as mudanças. As possíveis repercussões dessa medida ainda são incertas, mas especialistas já antecipam uma forte reação da sociedade civil e dos defensores das liberdades civis. A proposta será revista após a análise dos comentários, e a data de implementação ainda não foi definida.

Conclusão

A exigência de que viajantes forneçam suas redes sociais pode ser vista como uma medida necessária para a segurança, mas também gera preocupações significativas sobre privacidade e os direitos de expressão. A discussão sobre essa proposta continua a ser um tema central no debate sobre imigração e segurança nacional nos Estados Unidos.

Fonte: www.aljazeera.com

Fonte: Evelyn Hockstein

PUBLICIDADE

VIDEOS

Secom - Verão Maior - PI 46880
TIF - JOCKEY PLAZA SHOPPING - PI 43698
TIF: PI 43845 - SUPLEMENTAR - PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
TIF: PI 43819 - PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

Relacionadas: