Senador aponta potencial influência de Trump em aquisição da Paramount sobre a Warner Bros.

Senador Bernie Sanders critica Trump, ligando-o ao autoritarismo em contexto de aquisições corporativas.

A crítica de Bernie Sanders ao autoritarismo de Trump

O senador Bernie Sanders, I-Vt., faz sérias críticas ao presidente Donald Trump, acusando-o de aproximar-se de práticas autoritárias em resposta a um movimento estratégico de aquisição envolvendo a Warner Bros. Discovery. A situação ganhou destaque após a revelação de que Jared Kushner, genro de Trump, está ajudando a facilitar a proposta de aquisição hostil da Paramount, avaliada em US$ 108 bilhões, pela Warner.

Sanders expressou suas preocupações em um post na plataforma X, onde afirmou que “um punhado de grandes corporações já controla uma parte significativa da mídia”. Ele argumentou que Trump busca agravar essa situação permitindo que seus aliados bilionários e investidores do Oriente Médio se envolvam na compra da Warner Bros. Discovery, indicando um desvio da democracia para um cenário mais autoritário.

O contexto da aquisição

Na última semana, a Paramount fez uma proposta de aquisição de US$ 108 bilhões, que inclui ativos significativos como a CNN. Antes disso, a Netflix já havia firmado um acordo para adquirir studios e a plataforma de streaming HBO Max da Warner, destacando uma intensa competição no setor. Enquanto isso, Trump não deixou claro seu apoio à proposta da Paramount, embora tenha mencionado seu desejo de participar ativamente do processo de negociação.

Durante um evento no Kennedy Center, Trump afirmou que “estarei envolvido nessa decisão”, posicionando-se como um ator chave nesse grande movimento corporativo. Ele também deixou claro que considera a CNN uma parte essencial da transação, expressando seu desejo de ver mudanças na liderança da emissora, a qual criticou publicamente.

As implicações do autoritarismo no setor de mídia

A preocupação de Sanders não é apenas sobre a concentração de poder econômico, mas também sobre o potencial impacto na liberdade de expressão e no jornalismo. Ele afirmou que a atual administração da CNN é uma “desgraça” e sugeriu que a venda do canal é imperativa para evitar que sua atual liderança continue disseminando o que ele descreve como mentiras prejudiciais. O senador enfatizou a necessidade de garantir que a mídia não caia nas mãos de interesses corporativos que possam comprometer a verdade e a transparência.

A resposta de Trump e aliados

Em resposta aos comentários de Sanders, Trump, que mantém uma relação próxima com David Ellison, proprietário da Paramount, elogiou a Netflix e seu CEO, Ted Sarandos, enquanto criticava a nova direção da Paramount, apontando falhas em sua programação e alinhamento ideológico. A dinâmica entre esses líderes empresariais e políticos revela a complexidade das interações entre política e mídia, onde interesses pessoais e financeiros podem influenciar decisões que afetam a sociedade como um todo.

Considerações finais

Essa disputa reflete não apenas a luta pelo controle de grandes ativos de mídia, mas também uma batalha mais ampla sobre o futuro da democracia e da informação nos Estados Unidos. Sanders, na sua posição, alerta que permitir que figuras como Trump e seus aliados continuem a influenciar o setor pode ter consequências duradouras para a liberdade de imprensa e a diversidade de vozes no espaço público.

Fonte: www.foxbusiness.com

Fonte: Netflix and Warner Bros. logos