Estudo revela que animais também propagam desinformação

Reprodução/Interface

Pesquisadores mostram que o fenômeno das fake news não é exclusivo dos humanos.

Um estudo revela que a desinformação não é exclusiva dos humanos, com animais também espalhando informações falsas.

O Gancho

O fenômeno das fake news, tão discutido nas redes sociais contemporâneas, parece ter raízes mais profundas do que se imaginava. Um estudo recente de biólogos da Universidade Cornell revela que a desinformação não é uma peculiaridade humana, mas um comportamento observado em várias espécies no reino animal. A pesquisa sugere que a comunicação enganosa é uma característica inerente a diversos sistemas biológicos, o que nos leva a refletir sobre a natureza da informação e a confiança entre os seres vivos.

Entenda o Contexto

As fake news são frequentemente associadas à era digital, mas estudos mostram que esse fenômeno se estende por milênios. O artigo publicado na revista Interface, que explora a disseminação de informações imprecisas na natureza, revela que até mesmo bactérias, aves e grupos de mamíferos têm suas próprias formas de comunicação enganosa. Essa descoberta levanta questionamentos sobre como as mensagens falsas afetam a dinâmica dos grupos e a sobrevivência das espécies.

Detalhes

No centro deste estudo está o chapim-real (Parus major), um pássaro que apresenta um intrigante comportamento: aproximadamente dois terços de seus alarmes em áreas de alimentação são falsos. Essa comunicação enganosa pode surgir tanto de erros, como quando o pássaro reage a um movimento de folhas, quanto de estratégias deliberadas para afastar outros indivíduos e monopolizar recursos. Os pesquisadores observam que, apesar do alto índice de informações falsas, os pássaros continuam a confiar nos alarmes emitidos, um fenômeno que pode ser explicado pelo custo de ignorar um alerta verdadeiro, que poderia resultar na morte por predadores.

Além disso, os pesquisadores notaram que a eficácia de mentiras depende da frequência com que são contadas. Alarmes falsos que se tornam comuns tendem a ser ignorados pelo grupo, enquanto aqueles que são raros mantêm seu poder de persuasão. Isso sugere uma dinâmica complexa entre a comunicação e a confiança que pode ser observada tanto em sociedades humanas quanto em grupos animais.

Repercussão e Expectativa

A pesquisa não só lança luz sobre a comunicação no reino animal, como também sugere que princípios semelhantes podem ser aplicados a contextos humanos. Com o aumento da desinformação nas redes sociais, compreender como a biologia aborda o tema pode inspirar estratégias para controlar boatos e melhorar a comunicação entre os indivíduos.

Os impactos práticos desse estudo ainda estão sendo explorados, mas os pesquisadores acreditam que entender o papel da desinformação pode ajudar a manter a coesão de grupos, seja em cardumes ou em plataformas digitais. Essa intersecção entre biologia e comunicação humana abre um leque de possibilidades para o entendimento e a mitigação de fake news na sociedade moderna.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: Reprodução/Interface

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