Senador critica a atuação do STF e levanta dúvidas sobre a isenção na investigação.
Senador Marcio Bittar criticou a conduta do STF em pronunciamento sobre o Banco Master, levantando questões sobre isenção.
Em um pronunciamento incisivo no Plenário do Senado, o senador Marcio Bittar (PL-AC) criticou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao caso do Banco Master, que foi liquidado extrajudicialmente pelo Banco Central. Bittar levantou sérias questões sobre a isenção do STF, especialmente após informações de que o ministro Dias Toffoli teria viajado em voo particular com um advogado associado ao Banco Master, o que gerou preocupação sobre a integridade do processo judicial.
O Contexto da Crítica
O senador Bittar se manifestou sobre o que considera um episódio alarmante. Ele argumentou que o fato de um ministro do STF viajar com um advogado ligado ao Banco Master e, posteriormente, estabelecer sigilo na investigação, levanta dúvidas sobre a imparcialidade da Corte. “Como o Brasil pode confiar em uma Suprema Corte que age dessa forma?”, questionou Bittar. Ele ainda mencionou que o empresário Daniel Vorcaro, alvo da investigação, não possui foro privilegiado, mas mesmo assim o processo foi enviado ao STF para julgamento por Toffoli.
Detalhes da Investigação
Bittar também fez referências a reportagens que sugerem uma relação próxima entre membros do STF e Daniel Vorcaro. O senador destacou que a decisão do tribunal de enviar documentos sobre a quebra de sigilo do empresário para a Presidência do Senado, obtidos pela CPMI do INSS, é um exemplo de como a investigação está sendo tratada. O presidente da comissão de inquérito, senador Carlos Viana (Podemos-MG), também foi citado por Bittar, que afirmou que essa atuação compromete o papel fiscalizador do Legislativo.
Impactos e Consequências
O senador concluiu seu discurso enfatizando que o escândalo em questão tem implicações significativas para a economia e para a confiança dos cidadãos nas instituições. Ele ressaltou que a investigação revelou dados comprometedores, incluindo informações pessoais de ministros, e perguntou: “Onde está o decoro?”. A crítica de Bittar se insere em um contexto mais amplo de descontentamento com a forma como questões de corrupção estão sendo tratadas no Brasil. O questionamento à conduta do STF, portanto, não é apenas uma crítica isolada, mas parte de um debate maior sobre a transparência e a ética nas instituições brasileiras.



