O banco reafirma confiança nas ações da mineradora e prevê dividendos atrativos.
Morgan Stanley revisa a recomendação das ações da Vale e projeta dividendos robustos nos próximos anos.
A análise do Morgan Stanley sobre a Vale (VALE3) apresenta um cenário otimista para a mineradora, mesmo após sua valorização de 30% nos últimos seis meses. O banco elevou a recomendação das ações de equal-weight para overweight, o que indica uma perspectiva de compra, e estabeleceu um preço-alvo de US$ 15 para as ADRs da companhia.
O cenário atual da Vale
O Morgan Stanley destaca que a Vale tem mostrado uma execução operacional sólida e reduzido incertezas, o que, segundo eles, fundamenta uma tese de crescimento clara, especialmente no setor de cobre. A mineradora tem se perfilado como uma “história simples e barata”, demonstrando uma gestão disciplinada e foco em resultados.
Com uma receita líquida projetada de US$ 41,9 bilhões para 2026 e US$ 41,6 bilhões para 2027, a Vale também deve manter um EBITDA robusto de US$ 17,7 bilhões e US$ 17,3 bilhões, respectivamente. Essas estimativas estão cerca de 10% acima das previsões de mercado, o que pode levar a revisões positivas nas expectativas de consenso.
Dividendos e fluxo de caixa
O Morgan Stanley enfatiza que a Vale está em um caminho para devolver capital aos acionistas, especialmente quando a dívida líquida estiver abaixo de US$ 15 bilhões. Isso deve criar um equilíbrio entre dividendos e recompra de ações, mantendo o investimento em capital (capex) abaixo de US$ 6 bilhões por ano.
Além disso, a expectativa é de que os gastos com barragens e processos de descaracterização diminuam, o que deverá impulsionar o fluxo de caixa livre e abrir espaço para dividendos extraordinários. A projeção é que o fluxo de caixa livre (FCF) alcance cerca de 8% em 2026, posicionando a Vale favoravelmente em comparação aos seus pares.
Crescimento no setor de cobre
Outro ponto significativo é a intenção da Vale de dobrar sua produção de cobre ao longo da próxima década, aumentando de 350 mil para 700 mil toneladas, o que pode adicionar entre US$ 1,2 e US$ 2,0 por ação ao valor da empresa. Embora esse potencial ainda não esteja completamente integrado nas estimativas atuais, representa um vetor de crescimento considerável.
A companhia também está focada em otimizar seus custos no setor de níquel, buscando atingir o breakeven de caixa em 2027, reduzindo consideravelmente os custos de produção ao longo dos próximos anos. Essa estratégia deve resultar em economias significativas, especialmente em despesas administrativas e melhorias operacionais.
Conclusão
A análise do Morgan Stanley sobre a Vale (VALE3) oferece uma visão positiva sobre o futuro da mineradora, destacando não apenas o potencial de crescimento em novos setores, mas também a capacidade de gerar retornos robustos para os acionistas. A combinação de uma gestão disciplinada, um portfólio focado em produtos premium e a perspectiva de dividendos atrativos consolidam a Vale como uma opção interessante para investidores no setor.
Fonte: www.moneytimes.com.br



