Entenda os principais pontos que o Banco Central espera para flexibilizar a Selic.
A ata do Copom revela os fatores necessários para uma possível redução da Selic e as preocupações com a inflação.
Cenário econômico e a Selic
A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada em 16 de dezembro de 2025, mostra que a taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, pode continuar nesse patamar por um longo período. O documento também esclarece as condições que precisam ser atendidas para que o Copom considere a possibilidade de redução da taxa.
A importância da inflação
Um dos principais fatores para a queda da Selic é o controle da inflação, que deve atingir o centro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2025, a meta é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, ou seja, deve-se oscilar entre 1,5% e 4,5%. No entanto, a inflação acumulada até novembro foi de 4,46%, ultrapassando essa meta.
Fatores que influenciam a decisão
A ata destaca preocupações com o aumento dos gastos do governo, que impulsionam a demanda e, consequentemente, a inflação. Em 2025, o governo busca um déficit fiscal de zero, mas admite uma tolerância de 0,25% do PIB. A expansão do crédito e iniciativas de estímulo ao consumo também são mencionadas como riscos para a inflação.
O papel do setor de serviços
O Copom apontou o setor de serviços como crucial para a dinâmica inflacionária. Apesar de apresentar algum arrefecimento, a inflação nesse setor é considerada mais resiliente. O grupo de diretores do BC acredita que a atividade econômica e o mercado de trabalho dinâmico influenciam diretamente os preços dos serviços.
Expectativas para o futuro
Embora o Copom mantenha uma postura firme, a expectativa é que, com a melhora dos indicadores econômicos e o controle da inflação, haja espaço para uma possível redução da Selic. Entretanto, a equipe econômica de Lula enfrenta desafios significativos, como a necessidade de crescimento sustentável e o controle da inflação em um cenário global volátil.
Com a divulgação da ata, o Copom reafirma que a trajetória de juros dependerá da evolução econômica e das pressões inflacionárias, colocando em evidência a importância de políticas fiscais responsáveis e do controle de gastos públicos.



