Expectativas sobre a assinatura do acordo no próximo sábado.
Lula aguarda apoio da França e Itália para assinatura do acordo Mercosul-UE.
Expectativas em Foz do Iguaçu
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua expectativa de que a França e a Itália se unam ao Brasil na assinatura do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, programada para o próximo sábado, em Foz do Iguaçu. O acordo, que representa um marco importante após 25 anos de negociações, é visto como uma oportunidade para fortalecer as relações comerciais entre os blocos.
O cenário atual
Lula destacou que, apesar da disposição de ambos os lados para firmar o acordo, há resistência, especialmente por parte dos produtores rurais franceses. Ele mencionou que a preocupação com a competitividade dos produtos agrícolas na França tem sido um obstáculo significativo. “O presidente Macron está preocupado com os produtores que temem perder competitividade”, afirmou Lula durante uma reunião do Conselho de Participação Social.
O presidente brasileiro argumentou que as qualidades dos produtos brasileiros e franceses são diferentes e que o Brasil está disposto a ceder mais em termos de concessões do que os europeus. Essa dinâmica cria um ambiente complexo, onde os interesses nacionais se chocam com as oportunidades de cooperação internacional.
A resistência europeia
O acordo enfrenta uma oposição considerável de uma minoria na UE, que inclui países como França, Itália e Polônia. Esses países levantam preocupações sobre o impacto que as commodities brasileiras poderiam ter sobre a agricultura europeia, especialmente em tempos de crescente pressão econômica. Por outro lado, países como Alemanha e Espanha veem o acordo como uma forma de impulsionar as exportações e reduzir a dependência do bloco em relação à China.
Desafios e oportunidades
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, era esperada no Brasil para assinar o acordo, mas a situação continua tensa. A expectativa de Lula é que, na reunião de sábado, tanto Macron quanto a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, possam trazer boas notícias e que a assinatura do acordo finalmente possa ocorrer, dissipando as preocupações em torno da competitividade. Esse acordo pode ser um passo significativo para um futuro mais integrado entre a Europa e a América do Sul, oferecendo novas oportunidades comerciais e de investimento.
A próxima reunião em Foz do Iguaçu será crucial para determinar o futuro das relações entre os blocos e pode ter implicações duradouras para a economia global.
Fonte: www.moneytimes.com.br



