Fortalecimento de cooperativas é essencial para economia circular

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Entenda como o modelo de Cidades Circulares pode transformar a reciclagem no Brasil.

O fortalecimento das cooperativas é fundamental para aumentar a reciclagem e a economia circular no Brasil.

Economia circular e o papel das cooperativas

A economia circular é uma abordagem que visa transformar a maneira como gerimos os recursos naturais e os resíduos. No Brasil, onde a gestão de resíduos sólidos enfrenta grandes desafios, o fortalecimento das cooperativas de reciclagem se apresenta como uma solução fundamental. Em 2024, o país gerou mais de 81 milhões de toneladas de resíduos, mas apenas 9% desse total foi reciclado, o que evidencia a necessidade urgente de melhorias nesse setor.

O cenário da reciclagem no Brasil

Os dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2025, publicado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), mostram que a maior parte da reciclagem é feita por catadores informais. Aproximadamente 65% dos materiais reciclados vieram dessa coleta informal, enquanto apenas 35% foram processados por unidades de triagem públicas. Essa realidade revela a importância de integrar os catadores ao sistema formal de coleta e reciclagem.

Cidades Circulares: uma proposta inovadora

A Ambipar, uma empresa comprometida com a sustentabilidade, lançou o projeto Cidades Circulares, que já está em funcionamento em vários municípios, incluindo cidades do interior de São Paulo e do Paraná. Esse modelo busca profissionalizar as cooperativas de reciclagem, aumentando a produtividade e a renda dos cooperados. Segundo Maíra Pereira, diretora institucional de Pós-Consumo da Ambipar, mais de 130 cooperativas estão em processo de aceleração, e a meta é dobrar esse número até 2026.

Benefícios do modelo de Parceria Social

Com a implementação do modelo de Parceria Social de Logística Reversa, as cooperativas que participam do projeto têm registrado um aumento médio de três vezes na renda dos cooperados. Além disso, mais de 60 mil toneladas de materiais são recuperados anualmente, desviando esse volume de aterros sanitários e lixões. A iniciativa abrange desde a coleta seletiva até a triagem e comercialização dos materiais recicláveis, criando uma cadeia de valor sustentável.

Desafios enfrentados pelas cooperativas

Apesar dos avanços, as cooperativas ainda enfrentam barreiras significativas, como a complexidade do arcabouço legal e tributário. Muitas cooperativas pagam impostos que não deveriam incidir sobre suas atividades, o que compromete sua sustentabilidade. Maíra Pereira destaca que a legislação atual, que permite a importação de resíduos recicláveis, prejudica a cadeia de reciclagem nacional, além de reduzir a demanda pelos resíduos coletados internamente.

Caminhos para um futuro sustentável

A construção de políticas públicas que incentivem a economia circular e a criação de meios de financiamento estáveis são essenciais para o fortalecimento das cooperativas. A integração entre o setor privado, o Poder Público e a sociedade civil é crucial para viabilizar a logística reversa em escala nacional. Essa discussão foi amplamente debatida durante a COP30, ressaltando a importância de um esforço conjunto para alcançar uma economia verdadeiramente circular no Brasil.

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