Expectativas e desafios para o cenário econômico brasileiro.
Itaú mantém projeção de corte da Selic para janeiro de 2026, condicionada a fatores econômicos.
O cenário econômico e a expectativa de corte da Selic
O Itaú mantém sua expectativa de que o corte da Selic comece em janeiro de 2026, mas isso está condicionado a uma apreciação do real ou a uma melhora nos dados econômicos. Mario Mesquita, economista-chefe do banco, ressaltou que o Copom tem demonstrado confiança nos resultados da política monetária atual, com sinais de desaceleração na atividade econômica e uma melhora na inflação.
Desafios para a implementação
De acordo com Mesquita, a comunicação recente do Banco Central sugere uma abordagem cautelosa, o que significa que a expectativa de cortes em janeiro se torna mais desafiadora. O Copom parece estar adotando uma postura dependente dos dados para decidir sobre a flexibilização da Selic. As projeções indicam uma possível redução de 2,25 pontos percentuais na taxa ao longo de 2026, com uma meta de 12,75% ao ano, mesmo que o início do afrouxamento seja adiado.
Revisão das projeções econômicas
O banco também revisou suas expectativas de crescimento do PIB, aumentando a previsão de 2,2% para 2,3% em 2025, impulsionada pelo desempenho do setor agropecuário. Para 2026 e 2027, a projeção de crescimento permanece em 1,7%. As estimativas de inflação também foram ajustadas, passando de 4,5% para 4,4% em 2025, refletindo uma desinflação em bens industriais e a expectativa de queda nos preços da gasolina.
Cenário fiscal e perspectivas futuras
No que diz respeito ao cenário fiscal, o Itaú reduziu a estimativa de resultado primário para 2025, prevendo -0,5% do PIB, e manteve a expectativa de -0,8% e -0,9% para 2026 e 2027, respectivamente. Essa revisão considera um desempenho melhor das receitas de royalties e outros fatores que podem impactar a economia.
Em suma, o Itaú permanece otimista, mas ciente de que a concretização de suas projeções dependerá de uma série de fatores econômicos e sociais que ainda precisam ser observados com cautela.
Fonte: www.moneytimes.com.br



