Análise do impacto das ações aéreas sob a administração Trump.
Os EUA intensificaram suas operações militares na Somália, com um aumento significativo nos ataques aéreos sob a administração Trump.
Os Estados Unidos intensificaram suas operações militares na Somália, realizando 111 ataques aéreos desde que Donald Trump reassumiu a presidência. Essa escalada representa um aumento significativo nas ações militares do país, com o foco em grupos armados como al-Shabaab e ISIL. Essa nova abordagem tem levantado preocupações quanto ao número de civis afetados pela campanha.
O aumento das operações militares em contexto
A intensificação das operações começou em fevereiro de 2025, quando Trump autorizou um ataque aéreo que foi descrito como um dos maiores da história. O número de ataques já ultrapassa a soma de todas as operações realizadas durante os mandatos de George W. Bush, Barack Obama e Joe Biden. A administração atual parece ter adotado uma estratégia de combate mais agressiva, com menos restrições em comparação com os anos anteriores.
Um dos principais objetivos dessa escalada é o combate ao al-Shabaab, um grupo militante que tem lutado contra o governo da Somália desde 2007. A aliança dos EUA com o governo somali inclui treinamento de forças locais e apoio aéreo, com a intenção de estabilizar a região. Contudo, essa abordagem militar tem gerado um aumento nas preocupações sobre os impactos na população civil.
Consequências e preocupações com civis
De acordo com o Africa Command, os ataques aéreos têm como alvo combatentes que se esconderam em áreas montanhosas, mas relatos de vítimas civis têm se tornado frequentes. Em um incidente em novembro, pelo menos 11 civis, incluindo sete crianças, foram mortos, o que levanta questões sobre a eficácia e a ética das operações militares.
Adicionalmente, a reversão das políticas de supervisão de ataques militares por parte do Pentágono, que já exigia autorização da Casa Branca para operações fora de zonas de guerra, proporcionou aos comandos do AFRICOM uma maior liberdade para agir. Essa mudança é vista como uma resposta a uma demanda por uma postura mais ofensiva na região.
Implicações para a política externa dos EUA
As ações dos EUA na Somália não ocorrem em um vácuo. A retórica de Trump sobre imigrantes somalis nos EUA e a iminente repressão a comunidades de imigrantes em Minnesota mostram uma interconexão entre a política interna e as operações militares externas. As críticas a Trump por suas declarações racistas e a escalada militar são um reflexo de um panorama mais amplo de tensão e conflito que afeta tanto a Somália quanto as comunidades de imigrantes nos EUA.
As operações militares dos EUA na Somália em 2025, portanto, não apenas destacam a luta contra grupos extremistas, mas também levantam questões complexas sobre as consequências humanitárias e as repercussões políticas das ações militares. O desafio será equilibrar a necessidade de segurança com a proteção de vidas civis em um contexto de conflito prolongado.
Fonte: www.aljazeera.com
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