A data busca sensibilizar a população para a doação voluntária de medula óssea e incentivar o cadastramento de novos doadores
De 14 a 21 de dezembro, o Brasil celebra a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, instituída pela Lei 11.930/2009. A data busca sensibilizar a população para a doação voluntária de medula óssea e incentivar o cadastramento de novos doadores, um ato de solidariedade que pode significar a chance de cura para muitas pessoas.
Atualmente, o país conta com o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), que reúne mais de 6 milhões de doadores, fazendo do Brasil o terceiro maior banco de doadores em todo o mundo. Mesmo com esse número expressivo, a compatibilidade genética entre doador e receptor permanece rara, em geral, estima-se que apenas 1 em cada 100 mil pessoas fora da família será compatível para doação não aparentada.
Nesse contexto, a Semana de Mobilização ganha importância especial. O momento é de alertar para a urgência de novos cadastros, para que mais pacientes com doenças graves da medula óssea como leucemias, linfomas e outras doenças hematológicas, possam ter acesso ao transplante que dá chance de recomeço. O Dr. Fernando Michielin Alves, hematologista do Instituto de Oncologia do Paraná – IOP, comenta que doar medula óssea é um gesto de empatia que vai além da doação de sangue, porque pode devolver a vida a quem luta contra doenças graves. “Cada novo doador registrado significa uma possível compatibilidade e para muitas famílias, essa compatibilidade é a esperança. Nesses dias da campanha, reforçamos a importância de se informar, se cadastrar e manter os dados atualizados. A solidariedade de hoje pode representar o milagre de amanhã.”
O processo para se tornar doador de medula óssea pelo REDOME é simples, seguro e não invasivo. O primeiro passo é procurar um hemocentro credenciado em sua cidade e manifestar o interesse em se cadastrar como doador. No local, é realizada uma coleta de apenas um tubo de sangue, que será utilizado para identificar as características genéticas do voluntário.
Para se cadastrar, é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado geral de saúde e não possuir doenças infecciosas transmissíveis, como HIV ou hepatite C. Também é fundamental apresentar um documento oficial com foto e manter os dados pessoais sempre atualizados, já que a compatibilidade pode surgir muitos anos após o cadastro.
Após a coleta, as informações genéticas passam a integrar o banco de dados do REDOME e o nome do doador permanece ativo até os 60 anos de idade. Caso seja identificada compatibilidade com algum paciente, o doador é contatado para confirmar o interesse e realizar novos exames. A doação propriamente dita pode ocorrer por aférese, método semelhante à doação de plaquetas, ou pelo método tradicional, ambos realizados com acompanhamento médico e total segurança.
O cadastro é um gesto simples, mas que pode representar a chance de cura para pessoas que aguardam por um transplante de medula óssea.
Em 2024, o Brasil registrou um crescimento expressivo no número de novos doadores de medula óssea. Foram mais de 74 mil cadastros realizados no primeiro semestre, um aumento significativo em relação ao ano anterior. O dado evidencia que a solidariedade segue mobilizando a população e ampliando a rede de possíveis doadores no país.
É importante destacar, no entanto, que a doação efetiva e a realização dos transplantes dependem da compatibilidade genética entre doador e receptor, além da disponibilidade do voluntário no momento da convocação. Por isso, ampliar o número de pessoas cadastradas e manter os dados atualizados no REDOME é fundamental para aumentar as chances de salvar vidas.
Por isso, a Semana de Mobilização não deve ser apenas um momento simbólico, mas uma plataforma concreta de mobilização social. Atualizar dados, incentivar amigos e familiares, buscar hemocentros próximos, tudo isso pode fazer a diferença entre a vida e a esperança. O IOP reforça o convite: informe-se, cadastre-se, compartilhe essa causa. Um pequeno gesto pode significar muito para quem espera por uma segunda chance.
Fonte e foto: Assessoria de Imprensa.



