Investigações apontam para morte precoce em caso de feminicídio.

Investigação revela que mulher pode ter morrido antes de acidente.

A recente investigação do caso de Henay Rosa Gonçalves Amorim, que foi encontrada morta após um acidente de carro em Minas Gerais, levanta sérias questões sobre a violência contra a mulher e os possíveis indícios de feminicídio. A polícia suspeita que a vítima tenha morrido até duas horas antes de ser vista desacordada em um pedágio.

O caso em questão

No último domingo, 14 de dezembro, Henay foi vista passando pela praça de pedágio na companhia de seu namorado, Alison de Araújo Mesquita, que dirigia o veículo. A situação levantou suspeitas quando a funcionária do pedágio notou que Henay parecia inconsciente. O comportamento de Alison ao comandar o carro, usando apenas os pés, também chamou a atenção das autoridades.

A dinâmica do crime

De acordo com o médico-legista Rodolfo Ribeiro, é possível que Henay já estivesse morta antes de passar pelo pedágio. O delegado João Marcos Ferreira detalhou que, nas gravações, a mulher aparece sem qualquer reação, e Alison tenta ocultar a gravidade da situação ao manipulá-la no banco do motorista. Após deixar o pedágio, Alison teria feito o carro invadir a contramão, culminando em uma colisão com um ônibus de turismo. O impacto, no entanto, não seria suficiente para justificar a morte de Henay, segundo os peritos.

Prisão e confissão

Alison foi detido no dia seguinte ao acidente, durante o velório de Henay. Durante o interrogatório, ele confessou o crime, levando a polícia a considerar o caso sob a perspectiva de feminicídio. O exame de necrópsia está sendo requisitado para esclarecer a causa da morte e o tempo do óbito.

Contexto e reflexão

Esse trágico evento ressalta a importância de discutir a violência de gênero e a urgência de medidas que protejam as mulheres. O caso de Henay é um triste exemplo de como relacionamentos abusivos podem resultar em tragédias devastadoras. A sociedade precisa estar atenta e agir para prevenir tais ocorrências, garantindo que as vítimas tenham apoio e proteção adequados.