Análise sobre a PEC 148/2015 e suas implicações sociais e econômicas.
Senador Paulo Paim defende a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais, visando o fim da escala 6×1.
A proposta do senador Paulo Paim, que busca reduzir a jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais, ganha tração no Senado. A iniciativa, que visa extinguir a escala 6×1, foi recentemente aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e agora aguarda votação no Plenário. Paim defende que a mudança não apenas melhora as condições de trabalho, mas também traz benefícios significativos para a saúde mental dos trabalhadores e para a economia do país.
A jornada de trabalho e seus efeitos sociais
A proposta de Paim, a PEC 148/2015, prevê uma transição gradual para a nova jornada de trabalho ao longo de quatro anos. O senador argumenta que essa medida é essencial para acompanhar as tendências internacionais, onde países como Portugal e Espanha já implementaram jornadas mais curtas, resultando em melhorias no PIB e na criação de empregos. Com a automação e o uso crescente de tecnologias, é possível aumentar a produtividade sem sobrecarregar os trabalhadores. Paim ressalta que menos horas de trabalho podem resultar em menos acidentes, melhor saúde e mais tempo com a família, além de uma maior qualificação profissional.
Benefícios da redução da jornada
Além dos impactos econômicos, a redução da jornada de trabalho tem o potencial de melhorar a saúde mental dos trabalhadores. Dados do INSS indicam que em 2024, quase 500 mil afastamentos foram registrados devido a transtornos mentais, com as mulheres sendo as mais afetadas pela carga dupla de trabalho fora e dentro de casa. Para Paim, a proposta pode ajudar a aliviar essa pressão, proporcionando mais equilíbrio entre vida profissional e pessoal, especialmente para as mulheres que enfrentam jornadas excessivas.
Perspectivas para o futuro
O próximo passo para a PEC 148/2015 é a votação no Plenário do Senado. Se aprovada, a mudança poderá estabelecer um novo padrão de trabalho no Brasil, alinhando o país com as melhores práticas internacionais. Paim acredita que essa iniciativa é uma oportunidade de modernizar as relações de trabalho, promovendo não apenas a melhoria da qualidade de vida, mas também a prosperidade econômica.
A proposta de Paulo Paim é um reflexo das necessidades contemporâneas de um mercado de trabalho que busca mais bem-estar e eficiência, e a expectativa é que sua aprovação possa abrir caminho para um futuro mais saudável e sustentável para todos os trabalhadores brasileiros.



