Mudança na taxa reflete preocupações com a inflação persistente.
Banco da Inglaterra anunciou a redução da taxa de juros, mas mantém cautela sobre novas quedas.
O Banco da Inglaterra decidiu, nesta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, cortar a taxa de juros de 4,0% para 3,75%. A decisão, tomada após uma votação apertada no Comitê de Política Monetária, revela um cenário de cautela e incerteza diante da inflação persistente no Reino Unido.
O cenário econômico atual
Essa mudança na taxa ocorre em meio a dados recentes que indicam uma queda acentuada na inflação, agora em 3,2%, mas que ainda se mantém acima das metas desejadas. O presidente do banco, Andrew Bailey, que inicialmente se opôs à redução, acabou por apoiar o corte, destacando a dificuldade de avançar com novas quedas na taxa diante de um mercado de trabalho ainda robusto.
Preocupações com a inflação
A vice-presidente Clare Lombardelli e outros membros do comitê expressaram preocupações sobre a possibilidade da inflação se mostrar mais forte do que o esperado. Para eles, a desaceleração econômica recente não é suficiente para garantir que a inflação não retorne a níveis preocupantes. O economista-chefe Huw Pill também alertou que o risco de a inflação permanecer alta é maior do que a possibilidade de queda acentuada.
Expectativas para o futuro
O Banco da Inglaterra agora prevê um crescimento econômico estagnado para o final de 2025, com uma expectativa de crescimento de zero por cento nos últimos três meses do ano. Essa previsão representa uma queda em relação a estimativas anteriores que previam um crescimento de 0,3%. A economia do Reino Unido encolheu 0,1% nos três meses até outubro, refletindo um clima de incerteza que tem paralisado investimentos empresariais.
Essa cautela em relação a novas reduções nas taxas de juros sugere que o Banco da Inglaterra está adotando uma abordagem mais conservadora, avaliando cuidadosamente as condições econômicas antes de decidir por novas intervenções. O futuro econômico do Reino Unido continua incerto, e as decisões do banco central serão cruciais para moldar o ambiente econômico nos próximos meses.
Fonte: www.moneytimes.com.br
