Presidente critica gestão da estatal e fala sobre greve de trabalhadores.

O presidente Lula reafirma seu compromisso em não privatizar os Correios durante seu mandato.

O presidente Lula reafirma seu compromisso em não privatizar os Correios enquanto for presidente. Em coletiva de imprensa, realizada no Palácio do Planalto, ele criticou a situação financeira da empresa e a gestão que a levou a esse estado.

A crise nos Correios

Lula lamentou que a crise na Empresa de Correios e Telégrafos não seja atribuída apenas a fatores externos, como a “taxa das blusinhas”, mas sim a problemas de gestão. Ele comentou: “Não podemos ter uma empresa pública dando prejuízo. Não precisa ser a ‘rainha do lucro’, mas também não pode ser a ‘rainha do prejuízo’.” Essa declaração reflete a preocupação do governo com a saúde financeira da estatal, que enfrenta dificuldades significativas.

Greve e condições de trabalho

Recentemente, trabalhadores dos Correios de São Paulo e de outros estados aprovaram uma greve por tempo indeterminado. Essa mobilização é resultado da falta de negociações adequadas por parte da administração da empresa e das preocupações com a precarização das condições de trabalho. O sindicato da categoria está cobrando melhor diálogo e respeito aos direitos dos trabalhadores, ressaltando a importância de garantir condições dignas de trabalho.

Proposta de socorro financeiro

Por outro lado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que uma proposta de empréstimo para socorrer os Correios chegou ao seu ministério e está sendo analisada pelo Tesouro Nacional. O valor do empréstimo pode chegar a aproximadamente R$ 12 bilhões, o que poderia ajudar a estabilizar a situação financeira da empresa e evitar um colapso ainda maior.

Essa proposta, se aprovada, poderá ser um passo importante para a recuperação dos Correios, aliviando a pressão sobre a gestão e permitindo que a empresa se reestruture. No entanto, a questão da privatização segue sendo um ponto sensível e polêmico, com Lula reafirmando sua posição contrária a essa medida durante seu mandato.