Apoiar organizações da sociedade civil fortalece a filantropia corporativa e gera impacto de longo prazo
Com o cenário econômico desafiador e a crescente desigualdade social no Brasil, as empresas estão sendo chamadas para desempenhar um papel mais ativo na transformação social. Iniciativas como o Compromisso 1%, liderada pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) e o Instituto MOL, visam fortalecer a cultura de doação corporativa no país, incentivando companhias a destinarem parte de seus lucros para causas sociais.
O movimento, inspirado no Pledge 1% dos Estados Unidos, propõe que as empresas brasileiras doem, no mínimo, 1% de seu lucro líquido anual para Organizações da Sociedade Civil (OSCs). Em 2023, o Brasil contava com mais de 879 mil OSCs, participantes em áreas como educação, saúde, cultura e meio ambiente, mas a captação de recursos continua sendo um desafio constante para essas entidades.
Marcella Souza Carvalho, coordenadora do Departamento de Assuntos Culturais e Terceiro Setor da Andersen Ballão Advocacia (ABA), ressalta a importância dessa parceria entre empresas e organizações sociais: “As empresas têm um papel fundamental na promoção do bem-estar social. Ao investirem no terceiro setor, elas não apenas cumprem sua responsabilidade social, mas também contribuem diretamente para a redução das desigualdades e a promoção de mudanças significativas na sociedade”
Marcella Souza Carvalho, coordenadora do Departamento de Assuntos Culturais e Terceiro Setor da Andersen Ballão Advocacia
Cultura de doação no Brasil: um caminho a ser percorrido
Embora o potencial de ações corporativas no Brasil seja significativo, o país ainda precisa fortalecer uma cultura de filantropia. Segundo o Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC), em 2022 as empresas brasileiras doaram R$ 4,02 bilhões, um número expressivo, mas que representa apenas uma fração do que poderia ser alcançado. No mesmo ano, as doações individuais somaram R$ 12,8 bilhões, evidenciando que o envolvimento corporativo pode ser ainda mais relevante.
A coordenadora acrescenta: “O investimento social privado não deve ser visto apenas como uma obrigação legal ou um ato de caridade. Ele é uma estratégia de longo prazo para fortalecer a economia e criar um ambiente mais justo. É importante lembrar que as OSCs têm o poder de transformar vidas e comunidades, mas precisam do apoio contínuo das empresas para garantir sua sustentabilidade.”
A influência positiva do Compromisso 1%
Desde seu lançamento recente, o Compromisso 1% conseguiu reunir empresas que estão dispostas a investirem em um futuro mais igualitário. Para o futuro, iniciativas como o Compromisso 1% são vistas como essenciais para estimular um maior envolvimento das empresas com causas sociais e ampliar o impacto dessas ações. Além de proporcionar benefícios diretos às comunidades, o investimento no terceiro setor também fortalece a confiança e a compensação das empresas envolvidas.
O investimento no terceiro setor não é apenas uma responsabilidade social, mas uma estratégia para promover um desenvolvimento sustentável e inclusivo no Brasil. Como conclui a advogada Marcella Souza Carvalho, “a união entre empresas e OSCs é o que realmente impulsiona a transformação social no país. Juntas, essas forças podem fazer a diferença.”
Sobre a Andersen Ballão Advocacia: A Andersen Ballão Advocacia é um renomado escritório de advocacia brasileiro, reconhecido por sua atuação de excelência nas áreas de Direito Digital, Compliance e Proteção de Dados. Com sede em Curitiba, Paraná, o escritório oferece serviços jurídicos de alta qualidade para empresas nacionais e internacionais, orientando-as na conformidade com as leis e regulamentos brasileiros.