Felipe Miranda da Empiricus analisa cenários para a bolsa brasileira.
Felipe Miranda analisa o futuro do Ibovespa e as implicações das eleições de 2026 para o mercado.
Cenário atual do Ibovespa
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, enfrenta um período de expectativas e incertezas à medida que se aproxima o ciclo eleitoral de 2026. Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus Research, argumenta que a dinâmica política, mais do que as agendas partidárias, tem sido determinante para o comportamento do mercado.
A influência das eleições passadas
Miranda observa que as vitórias de Jair Bolsonaro em 2018 e Luiz Inácio Lula da Silva em 2022 não se deram tanto por suas propostas, mas sim por um clima de antipatia em relação ao adversário. Em suas palavras, “Quem ganhou a eleição de 2018 não foi o Bolsonaro, foi o antipetismo”. Isso sugere que o voto é frequentemente mais reativo ao contexto político do que proativo sobre propostas concretas.
Expectativas para 2026
O analista acredita que as próximas eleições ainda não estão refletindo no Ibovespa, mas ressalta que a partir de abril de 2026, o cenário pode mudar drasticamente. A expectativa de uma política fiscal mais responsável em 2027 poderia ser um fator decisivo para uma recuperação do índice. Ele aposta que se um candidato de direita, como Tarcísio de Freitas, vencer, o Ibovespa poderá alcançar os 200 mil pontos.
O papel do investidor
Apesar das incertezas, Miranda tranquiliza os investidores locais, destacando que as diferenças entre os candidatos não são tão extremas do ponto de vista do investidor estrangeiro. “Tarcísio não vai levar o Brasil para ser a Noruega, e Lula não vai levar o Brasil para ser a Venezuela”, afirma, minimizando os temores em torno do resultado eleitoral.
Tendências globais e locais
Miranda também analisa o panorama internacional, onde diversos países da América Latina estão experimentando um retorno ao poder de governos de direita, o que pode influenciar o mercado brasileiro. Ele menciona casos como o de Javier Milei na Argentina e Jose Antonio Kast no Chile, enfatizando que essa tendência pode criar um ambiente mais favorável para investimentos na região.
Conclusão
Diante desse cenário, o futuro do Ibovespa em 2026 parece estar atrelado a uma combinação de fatores políticos e econômicos. A escolha do próximo presidente poderá ser um divisor de águas, influenciando não apenas o mercado, mas também a confiança dos investidores no Brasil como um todo.
Fonte: www.moneytimes.com.br



