Virgil, a galáxia que se transforma em um monstro cósmico

Robert Lea

Estudo revela a dualidade da galáxia e sua conexão com buracos negros supermassivos.

Estudo recente revela a galáxia Virgil, que se transforma de um jovem sistema em um monstro cósmico com um buraco negro supermassivo.

A galáxia Virgil, observada pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), apresenta uma intrigante dualidade. Por um lado, ela se revela como uma jovem galáxia em formação, enquanto por outro, abriga um buraco negro supermassivo que está consumindo matéria em uma taxa alarmante. Essa transformação não apenas desafia as teorias atuais sobre a formação de galáxias mas também lança luz sobre a evolução dos buracos negros no cosmos.

A dualidade da galáxia Virgil

Virgil é uma galáxia que, nas palavras do co-líder da equipe de pesquisa, George Rieke, possui duas personalidades. A primeira, visível em luz ultravioleta e ótica, mostra uma galáxia em crescimento que está formando estrelas. No entanto, a verdadeira natureza de Virgil se revela quando se observa sua parte obscura, onde um buraco negro supermassivo, agora considerado “overmassive”, está oculto sob densas camadas de poeira. Esse buraco negro parece muito maior do que o que a galáxia poderia sustentar, desafiando as concepções atuais sobre a relação entre o crescimento de galáxias e buracos negros.

Um novo entendimento sobre buracos negros

A pesquisa realizada com o JWST sugere que as teorias sobre a formação de buracos negros supermassivos precisam ser revisadas. Historicamente, acreditava-se que as galáxias e seus buracos negros cresciam em sincronia. No entanto, os dados sugerem que esses buracos negros podem se desenvolver mais rapidamente do que as galáxias que os abrigam. Isso indica que podem existir muitos outros buracos negros supermassivos escondidos, aguardando serem descobertos, e que podem ter desempenhado papéis cruciais na evolução do universo.

Implicações para a astronomia

Estudos como o da galáxia Virgil não apenas ajudam a esclarecer a formação de buracos negros, mas também a entender o que acontece com os chamados “Little Red Dots” – galáxias que apareceram no universo primitivo e que parecem desaparecer à medida que o cosmos evolui. A pesquisa sugere que a galáxia Virgil poderia ser uma pista para entender o destino dessas galáxias misteriosas.

O futuro das observações astronômicas

As observações em infravermelho são fundamentais para desvendar a verdadeira natureza de objetos cósmicos como Virgil. O Mid-infrared Instrument (MIRI) do JWST permitiu que os astrônomos vissem através da poeira que obscurece o núcleo da galáxia, revelando a atividade intensa do buraco negro. À medida que mais dados se tornarem disponíveis, o JWST poderá contar a história de muitos outros objetos cósmicos que, como Virgil, estão escondidos sob camadas de poeira e mistério.

A pesquisa foi publicada na revista Nature Astronomy em 8 de dezembro de 2025, e promete abrir novos caminhos para a compreensão do universo e da evolução das galáxias.

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