Contratos garantem fornecimento de matéria-prima por até 11 anos.
Petrobras e Braskem firmam acordos de R$ 98,5 bilhões para fornecimento de matéria-prima, renovando contratos por até 11 anos.
Acordos significativos para o setor petroquímico
A recente assinatura de contratos entre a Petrobras e a Braskem, totalizando R$ 98,5 bilhões, representa um marco importante para o setor petroquímico no Brasil. Esses acordos, que têm validade de até 11 anos, garantem o fornecimento de nafta e gás para diversas unidades da Braskem, contribuindo para a estabilidade e crescimento da indústria no país.
O impacto dos contratos de fornecimento
Os contratos renovam o fornecimento de nafta e gases, essenciais para a produção de produtos químicos. Especificamente, a Braskem receberá nafta para suas indústrias em São Paulo, Bahia e Rio Grande do Sul, com o contrato previsto para iniciar em 1º de janeiro de 2026. Este movimento é visto como uma resposta às necessidades do mercado e às flutuações de preços internacionais.
O acordo de nafta estipula uma quantidade mínima de retirada mensal, com a possibilidade de ajustes conforme a demanda, que pode chegar a 4,316 milhões de toneladas até 2030. Essa flexibilidade permitirá que a Braskem se ajuste a um mercado em constante mudança e se mantenha competitiva.
Detalhes dos contratos
Além da nafta, a Petrobras também firmou um contrato para fornecer etano, propano e hidrogênio para a unidade da Braskem no Rio de Janeiro. Esse contrato, que se estende de 2026 a 2036, começará com 580 mil toneladas de eteno equivalente por ano, aumentando para 725 mil toneladas à medida que a Braskem amplia suas operações. O valor total deste contrato está estimado em US$ 5,6 bilhões.
Por fim, o terceiro acordo envolve a venda de propeno com um valor total de US$ 940 milhões, com uma vigência de cinco anos a partir de maio de 2026. Essas negociações não apenas garantem a continuidade dos processos produtivos da Braskem, mas também estabelecem um padrão de preços que reflete o mercado internacional.
A situação da Braskem e o futuro
A Braskem, que enfrenta desafios financeiros, especialmente devido a um mercado petroquímico em baixa, vê nesses novos contratos uma oportunidade de recuperação. A controladora Novonor, que está em recuperação judicial, tem buscado alternativas para equilibrar sua participação na empresa. Recentemente, um fundo de investimentos, o Shine, manifestou interesse em assumir parte das dívidas da Braskem, o que poderá alterar a dinâmica acionária da empresa.
A Petrobras, que detém 47% das ações da Braskem, está atenta a esses desenvolvimentos e poderá optar por exercer seus direitos de preferência na aquisição da Braskem, dependendo da evolução dos eventos.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, tem se mostrado otimista quanto ao potencial da Braskem, e a colaboração entre as duas empresas pode se intensificar, reforçando a posição da Petrobras no setor petroquímico brasileiro.
Fonte: jovempan.com.br



