Descoberta histórica confirma teorias de Einstein e Lense-Thirring.
Pesquisadores detectam um buraco negro que distorce o espaço-tempo, confirmando teorias antigas.
A revelação do buraco negro
A recente detecção de um buraco negro que distorce o espaço-tempo marca um avanço significativo na física moderna. Pesquisadores conseguiram observar como esse buraco negro, girando em alta velocidade, cria um efeito semelhante a um redemoinho, influenciando tudo ao seu redor. Essa descoberta não apenas confirma teorias formuladas por Albert Einstein e outros físicos, mas também oferece novas perspectivas para estudos futuros sobre os buracos negros.
O que é a precessão de Lense-Thirring?
O fenômeno da precessão de Lense-Thirring foi inicialmente descrito por Albert Einstein em 1913 e matematicamente formalizado em 1918 pelos físicos austríacos Josef Lense e Hans Thirring. Essa precessão se refere à maneira como um objeto massivo, ao girar, pode afetar o espaço-tempo, criando um arrasto que influencia outros corpos próximos. Imagine um pião girando dentro da água: o movimento arrasta o líquido ao redor, formando um redemoinho. Essa analogia ilustra perfeitamente o que ocorre em torno de um buraco negro em rotação.
A descoberta e suas implicações
A pesquisa, liderada pelos Observatórios Astronômicos Nacionais da Academia Chinesa de Ciências em colaboração com a Universidade de Cardiff, resultou na observação do evento AT2020afhd, um fenômeno em que uma estrela se aproxima de um buraco negro e é despedaçada por sua gravidade. Os restos dessa estrela formaram um disco de matéria que girava ao redor do buraco negro, e a análise revelou como este disco e jatos de partículas estavam oscilando juntos por um período de 20 dias. Essa oscilação é um exemplo claro da precessão de Lense-Thirring.
O futuro da pesquisa em buracos negros
Além de validar uma teoria centenária, essa descoberta abre novas avenidas para a compreensão da rotação de buracos negros e sua interação com o espaço-tempo. Os dados foram coletados por meio de observatórios como o Neil Gehrels Swift (da NASA) e o Very Large Array, da National Radio Astronomy Observatory, permitindo uma análise detalhada da composição e comportamento do material em torno do buraco negro.
Essa nova compreensão pode levar a avanços significativos na astrofísica e na cosmologia, aprofundando nosso entendimento sobre a natureza do universo e os fenômenos que o cercam.
Fonte: www.metropoles.com
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