Stablecoin: como um tema chato pode popularizar a fintech no Brasil

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Gustavo Gorenstein, CEO da Jeeves, fala sobre o futuro das stablecoins

Gustavo Gorenstein, CEO da Jeeves, analisa o futuro das stablecoins e sua popularização no Brasil.

O crescente amadurecimento das stablecoins no Brasil reflete uma nova fase do sistema financeiro nacional. Em entrevista, Gustavo Gorenstein, CEO da Jeeves, ressaltou que em 2025, as stablecoins estão deixando de ser vistas apenas como uma curiosidade do mundo cripto, passando a ser uma infraestrutura essencial para câmbio e pagamentos internacionais.

A transformação das stablecoins no Brasil

A evolução do mercado financeiro brasileiro aponta para a necessidade de uma integração mais robusta das stablecoins. Gorenstein observa que, com a inauguração de novas rotas de stablecoin entre Brasil e Estados Unidos, empresas locais agora podem realizar transações de forma mais ágil e com custos drasticamente reduzidos. Essa mudança não só facilita o comércio exterior, mas também promete aumentar a confiança institucional nesse novo ativo financeiro.

Expectativas para 2026

O cenário para 2026 é promissor, segundo Gorenstein, que antecipa uma institucionalização das stablecoins com regulamentações mais claras. Com regras de governança bem definidas, espera-se que o uso das stablecoins se expanda, especialmente em operações de comércio exterior e pagamentos entre empresas. O foco no compliance e na segurança será crucial para garantir a aceitação dessas moedas no mercado financeiro tradicional.

O desafio da popularização

A popularização das stablecoins no Brasil depende de uma percepção mútua de confiança. Gorenstein enfatiza que para que as stablecoins sejam reconhecidas como uma ferramenta útil, elas precisam ser vistas como “chatas e confiáveis”. Isso significa que devem oferecer transparência, um lastro claro e auditorias regulares. A experiência do usuário deve ser intuitiva, focando na praticidade de pagamentos e transações em vez de complexidade técnica.

Exemplos internacionais

Gorenstein sugere que o Brasil pode se inspirar em modelos de regulamentação de outros países. A União Europeia, por exemplo, implementou um arcabouço específico para stablecoins que prioriza a proteção e a governança. Singapura e Hong Kong também são citados como exemplos de boas práticas que podem ajudar a moldar a infraestrutura das stablecoins no Brasil.

Diálogo com o Banco Central

O diálogo entre as fintechs e o Banco Central tem avançado, e isso é visto como um ponto positivo para a regulamentação das stablecoins. A abertura para consultas públicas e a publicação de normas indicam que o regulador está interessado em fomentar a inovação no setor. Gorenstein acredita que essa abordagem ajudará a estabelecer um ambiente mais seguro e confiável para a adoção das stablecoins.

Riscos e segurança

Embora as stablecoins ofereçam segurança técnica, ainda existem riscos associados ao seu uso, como a possibilidade de colapso do lastro e incertezas regulatórias. A transparência nas reservas e a implementação de controles rigorosos são essenciais para mitigar esses riscos e garantir a proteção dos consumidores. Gorenstein afirma que o compliance deve ser igualmente rigoroso ao das instituições financeiras tradicionais, dado que a natureza dinâmica das transações com stablecoins exige um monitoramento constante.

Em resumo, o futuro das stablecoins no Brasil parece promissor, mas depende de uma combinação de regulamentação eficaz, confiança do consumidor e um entendimento claro de como essas ferramentas financeiras podem ser integradas no cotidiano dos brasileiros.

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