Mudanças significativas na formação de líderes com foco em agilidade e tecnologia.

Harvard está reinventando sua educação executiva ao incorporar inteligência artificial e novos formatos de ensino, adaptando-se a um mundo empresarial dinâmico.

A nova era da educação executiva em Harvard

A educação executiva Harvard passa por uma revolução silenciosa, adaptando-se às exigências de um ambiente empresarial em rápida transformação. Com a crescente importância da tecnologia e da informação, a instituição está reimaginando suas abordagens tradicionais para atender executivos que buscam insights e soluções em tempo real.

O impacto da inteligência artificial

A Division of Continuing Education (DCE) de Harvard tem ampliado sua atuação, oferecendo cursos intensivos que incorporam inteligência artificial como um de seus pilares centrais. Esses novos formatos de ensino incluem discussões em tempo real e a aplicação de ferramentas de IA, permitindo que os alunos analisem casos que se tornaram relevantes apenas horas antes das aulas. Jon Fay, instrutor da DCE, ressalta que essa abordagem atende à necessidade de recência e velocidade que caracteriza a nova educação executiva.

A participação da Unico

A Unico, uma das maiores redes de verificação de identidade da América Latina, participou recentemente de um programa intensivo da DCE com 32 colaboradores. Ao longo de três dias, o grupo analisou casos de empresas como Uber e OpenAI, focando em decisões estratégicas recentes. A utilização de IA permitiu a sintetização de casos em minutos, facilitando a criação de dossiês e a produção de conteúdo relevante para os participantes.

A nova lógica do ensino de estratégia

O conteúdo de estratégia também passou por uma transformação significativa. A lógica industrial tradicional, que priorizava ganhos marginais, dá lugar a uma abordagem centrada na economia da informação, onde empresas digitais competem em cenários de alto risco. Essa mudança exige que a educação executiva se torne mais ágil e conectada à realidade, preparando líderes para decisões que podem determinar o sucesso ou o fracasso de suas organizações.

Imersão e desenvolvimento de líderes

A experiência em Harvard faz parte de uma trilha internacional de desenvolvimento da Unico, que já incluiu imersões em outros países. Para Rafaela Provensi, diretora sênior de Operações & People, a imersão em Harvard fortaleceu competências essenciais para a inovação, como a autonomia. Gabriela Dias, diretora sênior de Produto e Segurança, também destacou a importância de criar um vocabulário comum entre os participantes, o que ajuda a alinhar estratégias e multiplicar aprendizados.

O novo paradigma das decisões estratégicas

No passado, o controle do fluxo de informações era feito por professores de forma gradual. Hoje, os participantes têm acesso imediato a dados atualizados, o que altera a dinâmica das discussões em sala de aula. Os programas intensivos promovem um pensamento crítico acelerado e trazem discussões sobre decisões atuais, refletindo um ambiente em que apostas estratégicas são frequentemente irreversíveis. Jon Fay enfatiza que o objetivo é manter o debate estratégico vivo, mesmo após o término das imersões, influenciando as decisões diárias das organizações.