Proposta de coleta de DNA: um passo para a vigilância em massa

by John Moore/Getty Images

Como a nova política de imigração pode afetar direitos civis

A nova proposta de coleta de DNA pelo DHS pode ampliar a vigilância em massa e afetar direitos civis.

A proposta de coleta de DNA pelo Departamento de Segurança Interna (DHS) dos EUA tem gerado intensos debates sobre a privacidade e os direitos civis. Recentemente, um incidente envolvendo Mubashir, um jovem cidadão americano, expôs as falhas do sistema de imigração e a potencial violação de direitos básicos.

O impacto da nova proposta de vigilância

Mubashir, um residente de Minneapolis, foi detido por agentes de imigração que ignoraram sua identificação e o submeteram a uma série de procedimentos que culminaram na coleta de suas informações biométricas. Este caso não é isolado; ele representa uma tendência crescente sob a administração Trump, que busca reescrever as regras sobre a coleta de dados pessoais. O DHS pretende ampliar o escopo do que considera “biometria” para incluir impressões digitais, gravações de voz, e até mesmo DNA, transformando o corpo humano em um repositório de dados governamentais.

Essa mudança não apenas afeta imigrantes, mas também cidadãos americanos que se encontram em situações vulneráveis. A proposta sugere que qualquer pessoa envolvida em processos de imigração, incluindo patrocinadores e membros da família, pode ser obrigada a fornecer dados biométricos. Tal abordagem levanta questões sérias sobre a privacidade e o uso desses dados.

A vigilância em massa e suas implicações

A nova política, se implementada, abrirá as portas para uma coleta massiva de dados, potencialmente envolvendo milhões de cidadãos em um sistema de vigilância que se estende além da imigração. O DHS planeja um modelo de registro “centrado na pessoa” que poderia acompanhar indivíduos durante anos, permitindo um escrutínio contínuo que poderia ser compartilhado entre agências de aplicação da lei e governos estrangeiros. Essa proposta é vista como uma erosão dos direitos civis, especialmente em um país onde a proteção da privacidade deve ser uma prioridade.

A luta pelos direitos civis

Rochelle Garza, uma proeminente advogada de direitos civis, alerta para os perigos que essa política representa. Ela enfatiza que a forma como tratamos os imigrantes reflete a saúde de nossas liberdades civis. O que está em jogo é mais do que a imigração; é um reflexo de como a sociedade americana valoriza a privacidade e os direitos individuais. O aumento da coleta de dados biométricos não é apenas uma questão de segurança, mas uma transformação radical na maneira como o governo interage com seus cidadãos.

Com o prazo para comentários públicos se encerrando em janeiro de 2026, a pressão sobre o DHS para reconsiderar sua abordagem é crescente. A implementação dessa política poderia resultar em um dos maiores aumentos de vigilância biométrica na história dos EUA, com implicações de longo alcance para a liberdade e a privacidade de todos os americanos.

Fonte: www.rollingstone.com

Fonte: by John Moore/Getty Images

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