Estudo revela percepção equivocada dos pais sobre o tamanho do pênis infantil.
Estudo da Sociedade Brasileira de Urologia aponta que muitos pais superestimam a preocupação com o micropênis entre meninos.
- O aumento de casos de micropênis entre meninos, embora tema de preocupação para muitos pais, é tratado de forma equivocada por muitos deles. Um estudo da Sociedade Brasileira de Urologia, apresentado recentemente, revelou que a maioria das crianças não apresenta anomalias, e que a avaliação equivocada é comum.
- O levantamento avaliou 99 meninos e, surpreendentemente, não encontrou nenhum caso de micropênis. Contudo, 25% dos pais acreditavam que seus filhos estavam abaixo do normal, refletindo uma discrepância entre a percepção familiar e os dados médicos. A medição caseira frequentemente subestima o tamanho real do órgão, que em média foi de 6,18 cm em exames médicos, comparado aos 3,64 cm anotados pelos pais.
- Especialistas ressaltam que esse erro de avaliação está relacionado ao desconhecimento sobre a técnica correta de medição. O comprimento deve ser medido da base até a ponta do pênis, com atenção para não esconder parte do órgão. Além disso, fatores como obesidade e a fase de desenvolvimento da criança podem induzir a uma percepção errada do tamanho.
- O crescimento do pênis não é linear durante a infância; após um crescimento inicial, ele entra em estabilidade até que a puberdade ocorra, momento em que pode haver novo aumento, impulsionado pela testosterona. A condição de micropênis, clínica e raramente diagnosticada, é definida como um comprimento em ereção inferior a 7 cm, o que é observado em apenas 1,5 homens a cada 10 mil, segundo dados internacionais.
- Apesar de causar impactos físicos e psicossociais, muitos homens portadores de micropênis levam uma vida normal, incluindo vida sexual e fertilidade, especialmente quando recebem acompanhamento adequado desde cedo. Intervenções hormonais são recomendadas apenas em casos diagnosticados de micropênis verdadeiro, a fim de evitar riscos ao desenvolvimento.
- É fundamental que as dúvidas sobre o desenvolvimento genital infantil sejam discutidas com profissionais da saúde, como pediatras ou urologistas pediátricos, evitando comparações infundadas e medições caseiras que podem provocar ansiedade desnecessária.
Fonte: baccinoticias.com.br



