A direita brasileira critica o anúncio protagonizado por Fernanda Torres.

O comercial das Havaianas, com Fernanda Torres, provoca reações intensas entre políticos de direita.

Repercussão do Comercial das Havaianas

O comercial das Havaianas, que traz Fernanda Torres como protagonista, gerou uma onda de críticas e protestos entre políticos e militantes de direita neste 21 de dezembro de 2025. O anúncio, que visa incentivar as pessoas a começarem o Ano Novo com energia positiva, foi interpretado por muitos como uma provocação ao discurso conservador.

O que diz o comercial?

Na peça publicitária, a atriz expressa que não deseja que as pessoas comecem 2026 com o ‘pé direito’. A frase, que poderia ser vista como uma simples brincadeira, foi considerada maldosa por figuras ligadas ao bolsonarismo. O discurso de Torres, que fala sobre a sorte e a liberdade de escolha, não caiu bem entre os críticos, que veem a mensagem como uma ideologia de esquerda disfarçada.

Reação da direita

A insatisfação se manifestou nas redes sociais e em declarações públicas. O vereador Rubinho Nunes (União-SP) foi um dos que se manifestaram, afirmando que o comercial revela o viés ideológico da marca. Para ele, as Havaianas, pertencentes ao grupo da família Moreira Salles, transformaram um símbolo brasileiro em um panfleto político. Ele conclamou seus seguidores a abandonarem a marca em favor de outras opções como Rider e Ipanema.

Por sua vez, a vereadora Mariana Lescank (PP-RS) reforçou a ideia de boicote, associando a marca a esquerdistas e propondo que os consumidores optem por outras sandálias. Essa polarização em torno do comercial reflete um clima tenso na política brasileira, onde até mesmo uma simples propaganda pode provocar reações intensas.

Contexto mais amplo

Essa não é a primeira vez que a direita se manifesta contra marcas ou emissoras de comunicação. Recentemente, bolsonaristas também criticaram o SBT por convidar políticos da oposição para eventos, levando a um chamado para boicotes semelhantes. O clima de animosidade política afeta, de maneira crescente, o consumo e a percepção pública de marcas, que se veem obrigadas a navegar em um mar de polarização.

A situação atual destaca a fragilidade das relações entre marcas e o público em um ambiente político dividido. O que pode ser visto como uma forma de arte ou expressão pode, para alguns, ser um ataque direto a suas crenças e valores. Essa tensão evidencia a necessidade de um diálogo mais construtivo entre marcas e consumidores em tempos de divisão política acentuada.