Crescimento da dívida pública em 2025: a culpa da Selic alta

Gleisi Hoffmann aponta juros elevados como causa principal.

A ministra Gleisi Hoffmann atribui o aumento da dívida pública à Selic elevada, destacando os impactos no crescimento econômico.

A recente declaração da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, sobre o crescimento da dívida pública federal, que alcançou R$ 8,253 trilhões em outubro de 2025, reacendeu o debate sobre as políticas monetárias vigentes no Brasil. Em suas publicações nas redes sociais, Hoffmann atribuiu a alta na dívida ao patamar elevado da taxa Selic, que se encontra em 15% ao ano.

O impacto da Selic na economia brasileira

Gleisi Hoffmann não hesitou em criticar o que chamou de “juros estratosféricos” que, segundo ela, encarecem o crédito e limitam o crescimento econômico do país. Em sua análise, ela refutou a ideia de que o crescimento da dívida pública estivesse ligado a despesas excessivas do governo. “Apontam um crescimento de 5% acima da inflação na despesa, mas ignoram que os juros estão 10% mais altos do que a inflação”, argumentou, destacando uma desconexão entre as despesas e os custos financeiros que o governo enfrenta.

A Selic, definida pelo Banco Central, é a taxa básica de juros que influencia toda a economia, incluindo empréstimos e financiamentos. A manutenção dessa taxa em 15% ao ano, conforme decidido pelo Comitê de Política Monetária (Copom), foi unânime, o que indica um consenso entre os economistas sobre a necessidade de conter a inflação e estabilizar a economia. Entretanto, muitos críticos, incluindo a própria Gleisi, questionam a eficácia dessa estratégia no contexto atual.

A dívida pública e suas implicações

Os dados do Tesouro Nacional, divulgados no final de novembro, revelam que a dívida pública federal aumentou 1,62% em comparação ao mês anterior. Essa dívida é essencialmente o resultado de um déficit orçamentário, onde os gastos do governo superam as receitas. Gleisi enfatizou que os altos juros não apenas aumentam a dívida, mas também comprometem a prestação de serviços públicos e os programas sociais, fundamentais para o desenvolvimento do país.

Os efeitos da Selic alta não são sentidas apenas nas contas do governo, mas também na vida do cidadão comum, que enfrenta um crédito mais caro e menos acessível. A situação se agrava em um cenário onde a recuperação econômica é necessária, mas os juros altos funcionam como um obstáculo.

Caminho para o futuro

Com a Selic projetada para permanecer em níveis elevados por um período prolongado, conforme comunicado do Banco Central, a discussão sobre a política monetária no Brasil se torna cada vez mais urgente. Enquanto alguns defendem a manutenção da Selic para controlar a inflação, outros, como Gleisi Hoffmann, pedem uma revisão dessa estratégia, apontando os riscos de um crescimento da dívida pública que pode comprometer o futuro econômico do Brasil. A pressão por uma taxa de juros mais baixa será um tema central nas discussões econômicas e políticas em 2026.

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