A situação da paralisação e os desafios na negociação coletiva.
A greve dos trabalhadores da Petrobras entra no oitavo dia sem acordo. Proposta da empresa é rejeitada.
A greve dos petroleiros, que já se estende por oito dias, continua sem perspectiva de acordo. Os representantes sindicais anunciaram a manutenção da paralisação após a Petrobras apresentar sua quarta contraproposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que foi rejeitada pelas federações que representam os trabalhadores, como a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
Contexto da Greve
Os grevistas alegam que a proposta da Petrobras não atende às suas reivindicações, tanto para os trabalhadores da ativa quanto para os aposentados. Durante uma reunião ocorrida no último domingo, a FUP destacou que houve alguns avanços, mas criticou a falta de comprometimento da empresa em garantir que todos os pontos da proposta sejam aplicados de forma equitativa em todas as subsidiárias.
Além disso, os sindicatos exigem que a Petrobras se comprometa a não descontar os dias parados dos salários e que assegure isonomia entre os trabalhadores dos terminais de Coari e Urucu, além de garantir hospedagem adequada para os funcionários que atuam em plataformas offshore. No entanto, a estatal ainda não se manifestou sobre essas questões adicionais.
Detalhes das Negociações
A FNP e o Sindipetro-NF também expressaram insatisfação com a proposta, considerando os valores oferecidos insuficientes frente aos lucros recordes que a Petrobras tem alcançado e aos dividendos distribuídos aos acionistas. A proposta atual estabelece um ganho real de apenas 0,5% na Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR) para os anos de 2025 e 2026, além de um abono de 1,6 remunerações, a ser parcelado ao longo de 2026.
Em uma nota oficial divulgada no domingo, a Petrobras reconheceu que fez ajustes na proposta do ACT, mas não forneceu detalhes sobre o que exatamente foi alterado. Essa falta de clareza tem gerado ainda mais descontentamento entre os trabalhadores e suas representações sindicais.
Perspectivas Futuras
Com a continuidade da greve e a insatisfação crescente entre os petroleiros, a situação demanda atenção. A Petrobras, que enfrenta forte pressão para melhorar suas relações com os trabalhadores, precisa encontrar um caminho que atenda às expectativas dos empregados enquanto gerencia suas obrigações financeiras e de governança em um cenário de lucros crescentes.
A cada dia que a greve se estende, o impacto nas operações da estatal e a possibilidade de novos desdobramentos aumentam, colocando a pressão sobre a empresa para que encontre uma solução viável e satisfatória para ambas as partes.
Fonte: www.moneytimes.com.br



