A culpa é um dos sentimentos mais silenciosos e mais decisivos, na vida de muitas pessoas. Ela não costuma aparecer como um pensamento claro, mas como uma sensação constante de estar devendo algo, errando ou nunca sendo suficiente.

Muitas decisões não são tomadas por falta de clareza, mas porque a culpa ocupa o espaço da escolha.

A pessoa pensa, analisa, pondera… e ainda assim não age. Ou age contra si mesma. Aceita menos do que merece, permanece em situações que machucam, posterga mudanças importantes ou se pune por querer algo diferente.

A culpa cria um tipo específico de bloqueio: ela convence a pessoa de que mudar é errado, egoísta ou perigoso. Assim, mesmo quando existe consciência do que precisa ser feito, algo trava internamente.

Em muitos casos, essa culpa não nasceu no presente. Ela foi aprendida ao longo da vida, em ambientes onde agradar era mais seguro do que escolher, onde errar gerava punição emocional, ou onde o valor pessoal estava condicionado à aprovação do outro.

O problema é que, quando a culpa assume o comando, a pessoa deixa de viver escolhas reais. Passa a viver compensações.

Compensa ficando onde não quer.
Compensa se esforçando demais.
Compensa se culpando por desejar mais.

No campo profissional e financeiro, isso se traduz em decisões inseguras, medo de cobrar, dificuldade de crescer ou sensação constante de que “falta algo”, mesmo quando há esforço.

Clareza, nesse caso, não vem de pensar mais, vem de perceber de onde vem essa culpa e qual papel ela está ocupando nas decisões.

Quando a culpa deixa de decidir, a pessoa não se torna fria ou irresponsável. Ela se torna consciente. E consciência muda a forma como se escolhe, se posiciona e se avança.

Mudar não é sobre eliminar sentimentos, mas sobre não permitir que eles conduzam sua vida no automático.

Enquanto a culpa decide, a vida fica em espera.
Quando a consciência assume, o movimento começa.

Me Percebi Terapias de Consciência e Prosperidade @mepercebi