A estreia da empresa sul-coreana não saiu como planejado.
Innospace não conseguiu completar seu primeiro lançamento orbital com o Hanbit-Nano, que explodiu após 50 segundos de voo.
A Innospace, uma startup sul-coreana, enfrentou um revés significativo em sua jornada rumo à exploração espacial. Em 22 de dezembro de 2025, a empresa lançou seu foguete Hanbit-Nano do Centro Espacial Alcântara, no Brasil, às 20h13 EST (22h13, horário local). Este lançamento era particularmente importante, pois representava a primeira tentativa de uma empresa sul-coreana de alcançar a órbita. Contudo, a missão não saiu como esperado.
O impacto do fracasso
A expectativa era alta, mas, como frequentemente acontece em estreias, o lançamento não se concretizou. Aproximadamente um minuto após a decolagem, o Hanbit-Nano apresentou uma anomalia e acabou se desintegrando, conforme informações da Space Orbit. A empresa não forneceu detalhes sobre o ocorrido, interrompendo sua transmissão ao vivo logo após o incidente.
Detalhes técnicos do Hanbit-Nano
O Hanbit-Nano é um foguete de dois estágios, sendo que seu primeiro estágio utiliza oxigênio líquido (LOX) e parafina. O estágio superior pode operar em duas configurações, uma usando LOX e parafina, e outra, LOX e metano líquido. O foguete tinha a capacidade de transportar até 90 quilos de carga para uma órbita sincrona ao sol. Na missão inaugural, ele levava cinco pequenos satélites de clientes da Brasil e da Índia, além de três cargas úteis para demonstração tecnológica.
O futuro da Innospace
A Innospace, fundada em 2017, emprega cerca de 260 pessoas e desenvolveu toda a sua tecnologia de lançamento internamente. O CEO da empresa, Kim Soo-jong, revelou em outubro que a visão da Innospace vai além do Hanbit-Nano. Eles estão desenvolvendo foguetes maiores e mais potentes, nomeados Hanbit-Micro e Hanbit-Mini, que poderão expandir suas operações no futuro.
Com a missão do dia 22 sendo adiada algumas vezes devido a problemas técnicos e previsões climáticas desfavoráveis, a expectativa para o lançamento era grande. Agora, o foco recai sobre o que a empresa aprenderá com esse fracasso e como pretende avançar em seus projetos futuros.
Fonte: www.space.com
