Em reunião na ONU, Brasil pede fim das medidas coercitivas unilaterais.
O Brasil manifestou-se contra o bloqueio dos EUA à Venezuela, alegando violação da Carta da ONU e pedindo diálogo.
O impacto do bloqueio dos EUA à Venezuela
O bloqueio naval imposto pelos Estados Unidos à Venezuela gera intensas reações internacionais. Em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil se posicionou firmemente contra essa medida, alegando que a mobilização militar dos EUA na região infringe a Carta das Nações Unidas. O embaixador brasileiro, Sérgio Danese, reiterou a necessidade de interromper imediatamente essas ações, defendendo um diálogo genuíno entre as partes envolvidas.
A posição do Brasil na ONU
Durante a sessão, Danese enfatizou que o Brasil é um defensor do multilateralismo e do respeito ao direito internacional. Ele destacou que as medidas coercitivas unilaterais não têm respaldo na Carta da ONU, especialmente quando estão acompanhadas do uso da força. O embaixador argumentou que soluções baseadas em força são contrárias ao compromisso da América Latina com a paz.
Contexto da tensão entre EUA e Venezuela
A reunião ocorreu em um momento crítico, com os EUA aumentando sua presença militar no Caribe sob a justificativa de combater o narcotráfico. No entanto, o governo venezuelano rejeita essa justificativa, acusando Washington de tentar promover uma mudança de regime. Recentemente, o presidente Donald Trump intensificou as sanções, incluindo um bloqueio total a petroleiros sancionados, o que agrava ainda mais a situação.
Reações internacionais
A comunidade internacional está atenta a essa escalada de tensões. A Rússia, por exemplo, alertou os Estados Unidos sobre os potenciais riscos de suas ações, que poderia resultar em consequências imprevistas para o Ocidente. Essa situação complexa reflete um cenário de conflitos geopolíticos, onde a diplomacia se torna essencial para evitar uma catástrofe humanitária na região.
O embaixador Danese ofereceu a ajuda do Brasil para facilitar um diálogo entre EUA e Venezuela, reafirmando que a solução deve ser baseada no consentimento mútuo. Essa abordagem diplomática é vital em um contexto onde a retórica bélica poderia levar a um agravamento da crise humanitária já existente.
A posição do Brasil, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destaca a importância de respeitar os limites do direito internacional e a necessidade de soluções pacíficas em vez de intervenções militares. Assim, o Brasil não apenas critica o bloqueio, mas também se coloca como um mediador potencial na busca por uma resolução pacífica do conflito.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Arte/Metrópoles



