Impactos do espaço congestionado e da detritos no projeto.
A proposta de Google para um data center em órbita enfrenta desafios significativos devido à crescente preocupação com detritos espaciais.
A proposta da Google para um data center em órbita está se mostrando promissora, mas enfrenta desafios significativos, especialmente em relação ao crescente problema dos detritos espaciais. Com o aumento do número de satélites e outros objetos em órbita, as preocupações sobre colisões e a segurança das operações espaciais se intensificam.
O potencial da energia solar no espaço
Em 4 de novembro de 2025, a Google revelou o Projeto Suncatcher, uma ambiciosa proposta para lançar uma constelação de 81 satélites em órbita baixa da Terra. A ideia é aproveitar a abundante energia solar para alimentar data centers que, em vez de processar dados na Terra, o fariam no espaço, minimizando a geração de calor e utilizando a energia solar de forma eficiente.
Entretanto, a localização escolhida para a constelação, uma órbita sincrônica com o sol a cerca de 650 quilômetros da Terra, é uma das mais congestionadas. Este espaço já abriga milhares de satélites e fragmentos de detritos espaciais, o que aumenta significativamente o risco de colisões.
A crescente crise dos detritos espaciais
Os detritos espaciais são objetos humanos não funcionais em órbita, incluindo estágios de foguetes e antigos satélites, que podem representar um perigo real para novas missões. Com a velocidade de aproximadamente 28.000 km/h, uma colisão com um pequeno fragmento pode causar danos catastróficos. A situação é ainda mais complicada por iniciativas como a Starlink da SpaceX, que já lançou mais de 7.500 satélites, contribuindo para o congestionamento orbital.
Além disso, a U.S. Space Force monitora cerca de 40.000 objetos maiores que uma bola de baseball, mas a maioria dos detritos – que são pequenos demais para serem rastreados – permanece invisível, aumentando o risco para novas operações.
O dilema do Projeto Suncatcher
Com uma formação ultradensa de satélites, o Projeto Suncatcher pode se tornar um alvo fácil para impactos. A densidade dos satélites exigiria que eles operassem como uma unidade coesa, evitando colisões ao responderem instantaneamente às movimentações uns dos outros. Contudo, a falta de tecnologias de detecção e manobra em tempo real pode dificultar essa tarefa.
A Google já está prevendo o lançamento de dois protótipos até 2027, mas a implementação de um sistema de evasão de colisões ativo, que permitiria que os satélites evitassem detritos menores, será um desafio técnico significativo. Em 2025, a constelação Starlink já realizou dezenas de milhares de manobras de evasão, um número que pode ser necessário para o Suncatcher também.
Caminhos para uma solução
Embora a adoção de padrões de
Fonte: www.space.com
Fonte: Mojtaba Akhavan-Tafti