Advogados argumentam que juiz considerou provas de acusações absolvidas
Advogados de Diddy pedem anulação da condenação e contestam pena imposta.
A defesa de Sean “Diddy” Combs, rapper e magnata do hip-hop, protocolou um pedido de recurso no 2º Tribunal Federal de Apelações em Manhattan, contestando a condenação do artista por crimes relacionados à prostituição. O caso levanta questões sobre a validade da sentença imposta e o papel do juiz no processo.
A batalha judicial de Diddy
Os advogados de Diddy, que atualmente cumpre pena em uma penitenciária em Nova Jersey até maio de 2028, argumentam que o juiz Arun Subramanian foi excessivamente rigoroso ao considerar provas que não deveriam influenciar a condenação. O rapper, condenado em outubro a quatro anos e dois meses de prisão, foi considerado culpado por violações da Lei Mann, que proíbe o transporte de pessoas para fins de exploração sexual.
No recurso, a defesa destaca que Diddy foi absolvido de acusações mais sérias, como conspiração de extorsão e tráfico sexual, e que estas não deveriam ter sido levadas em conta na definição da pena. Os advogados afirmam que o juiz atuou como um “décimo terceiro jurado”, extrapolando sua função ao considerar essas provas.
Detalhes da condenação
Durante o julgamento, o juiz levou em conta os depoimentos de ex-namoradas que relataram agressões e coerção por parte de Diddy. Uma das testemunhas, a cantora Cassie, afirmou ter sido forçada a manter relações sexuais sob condições degradantes, enquanto outra ex-namorada, que pediu para permanecer anônima, descreveu episódios de abuso emocional e físico. O juiz, ao justificar a pena, indicou que Diddy abusou de seu poder sobre as mulheres com quem se relacionou.
Os advogados de Diddy argumentam que a pena imposta é desproporcional, especialmente considerando que outros réus em situações similares costumam receber penas muito menores. Eles pedem a anulação da sentença ou uma revisão que leve em conta as circunstâncias do caso.
O futuro do rapper
Com a apelação já protocolada, a expectativa é que o tribunal avalie os argumentos apresentados e decida sobre a possibilidade de uma audiência para discutir os detalhes do caso. A defesa busca não apenas a liberdade imediata de Diddy, mas também um reconhecimento de que a condenação foi influenciada por elementos que não deveriam ter sido considerados, o que poderia reverter a decisão inicial.
O desenrolar deste caso continua a ser acompanhado de perto, não apenas pelos fãs do rapper, mas também por observadores do sistema judicial, que veem nele um reflexo da complexidade dos casos de crimes sexuais e da maneira como as provas são interpretadas em tribunal.
Fonte: portalleodias.com
Fonte: Bad Boy Entertainment)