Trump-class battleship proposal faces major challenges

CNBC

Análise crítica sobre a viabilidade do novo projeto naval.

A proposta do Trump-class battleship enfrenta críticas de especialistas que questionam sua viabilidade e alinhamento com a estratégia naval moderna.

A proposta do presidente Donald Trump para a criação do “Trump-class battleship” gera um intenso debate entre especialistas em defesa, que questionam a viabilidade e a relevância deste projeto no contexto atual das forças navais. A ideia de ressuscitar navios de guerra tradicionais, como os battleships, parece desatualizada, especialmente quando se considera que esses veículos de combate foram aposentados há décadas.

O que está em jogo na proposta do Trump-class battleship

Os experts descreveram a iniciativa como um “projeto de prestígio” e um “ímã de bombas”, expressando ceticismo sobre a possibilidade de que este navio realmente navegue. O último battleship da marinha dos EUA foi construído há mais de 80 anos, e a última classe Iowa foi aposentada há cerca de 30 anos. Com a evolução das táticas de combate e a ascensão de aviões e destróieres modernos, muitos argumentam que a construção de grandes embarcações de combate é uma estratégia ultrapassada.

Mark Cancian, conselheiro sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, foi enfático ao afirmar que “este navio nunca navegará”, apontando que o programa exigiria um tempo excessivo de desenvolvimento e um custo proibitivo. Em sua análise, ele sugere que uma futura administração certamente cancelaria o projeto antes que qualquer embarcação fosse concluída.

A obsolescência de grandes embarcações

Bernard Loo, pesquisador sênior em uma prestigiada escola de estudos internacionais, também criticou a proposta, comparando-a aos super-battleships japoneses da Segunda Guerra Mundial, que, apesar de sua grandeza, foram rapidamente destruídos por ataques aéreos. Loo argumenta que, embora a grandeza possa parecer impressionante, na prática, um navio desse tamanho se torna um alvo fácil para os inimigos.

Bryan Clark, do Hudson Institute, sugere que Trump pode estar atraído pelo simbolismo dos battleships, que foram ícones de poderio naval durante grande parte do século 20. O USS Missouri, por exemplo, foi o último battleship dos EUA a ser construído e é conhecido por ter sido o cenário da rendição do Japão em 1945.

Desafios financeiros e estratégicos

Embora a proposta do Trump-class inclua armamentos avançados como canhões convencionais, mísseis e armas eletromagnéticas, ela apresenta desafios financeiros substanciais. Os custos de construção e manutenção de uma embarcação desse porte poderiam ultrapassar os 8 bilhões de dólares, o que colocaria uma pressão adicional sobre um orçamento da Marinha já estressado. A história recente de programas de armamento dos EUA, como os destróieres da classe Zumwalt, que tiveram um número reduzido de embarcações devido a despesas crescentes, levanta preocupações sobre a viabilidade econômica do Trump-class.

Críticos apontam que o projeto pode ser um erro estratégico, representando uma forma de hubris em um momento em que a eficiência e a adaptabilidade são fundamentais para a defesa nacional. O futuro da Marinha dos EUA pode depender mais de estratégias de combate distribuído do que da construção de grandes navios que podem se tornar vulneráveis em um campo de batalha moderno.

Fonte: www.cnbc.com

Fonte: CNBC

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