Divisões na direita marcam eleições de 2026 com Flávio Bolsonaro

Luis Nova/Especial Metrópoles @LuisGustavoNova

Cenário político se complica entre pré-candidatos à Presidência.

Direita se divide em ao menos cinco pré-candidatos para 2026, incluindo Flávio Bolsonaro.

A divisão na direita brasileira se torna evidente à medida que o ano de 2026 se aproxima. Flávio Bolsonaro, senador e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, recebeu a “bênção” do pai, mas isso não eliminou a competição entre outros pré-candidatos. Com ao menos cinco nomes fortes no cenário, a expectativa é de um embate acirrado por uma vaga no Planalto.

Um clima de incerteza entre os pré-candidatos

O grupo de pré-candidatos à presidência é composto por nomes como Eduardo Leite (PSD-RS), Ratinho Júnior (PSD-PR), Ronaldo Caiado (União-GO) e Romeu Zema (Novo-MG). Cada um deles mantém sua candidatura, mas a presença de Flávio, ungido por Bolsonaro, complicará as relações internas. As alianças e rivalidades emergentes são um fator crítico a ser observado, especialmente na aproximação do pleito.

Flávio, que recentemente divulgou uma carta de apoio escrita por Jair Bolsonaro, reforça sua posição no jogo político. No entanto, a divisão já causa preocupação entre os aliados, que temem que a fragmentação beneficie o petista Luiz Inácio Lula da Silva em sua busca pela reeleição. Os caciques da direita reconhecem que a união é necessária, mas as divisões internas dificultam essa possibilidade.

A dinâmica do apoio político

Durante uma recente declaração, Flávio enfatizou a importância da união entre os membros da direita. “Apesar de muita gente tentar nos desunir e separar, isso não vai acontecer”, afirmou, tentando assegurar que a direita permanecerá coesa. No entanto, questões de liderança e preferência entre os governadores podem criar fissuras intransponíveis, especialmente considerando o fortalecimento do nome de Tarcísio de Freitas, que também é cogitado como um forte concorrente.

Cenário eleitoral e possibilidades

A situação atual é ainda mais complexa devido à estratégia dos partidos. O PSD, sob o comando de Gilberto Kassab, pode se ver em uma encruzilhada ao definir entre Eduardo Leite e Ratinho Júnior. Com Zema apresentando uma performance aquém nas pesquisas, sua candidatura pode não ter a força necessária para se destacar.

Ronaldo Caiado, que também se posiciona como pré-candidato, registra entre 2% e 4% nas pesquisas. Ele deve manter sua candidatura, mas não hesita em expressar respeito por Flávio, indicando uma possível aliança no segundo turno, caso a situação se desenhe favoravelmente.

O papel de Lula e as influências futuras

O futuro de todos os pré-candidatos pode depender, em grande parte, do desempenho de Lula nas pesquisas. Se o presidente tiver um bom desempenho até o segundo trimestre de 2026, muitos pré-candidatos poderão optar por concorrer a outros cargos, evitando o risco de perder um mandato. Por outro lado, se Lula enfrentar dificuldades, isso poderia abrir espaço para Tarcísio de Freitas, que é visto como uma figura com potencial para unir a direita e desafiar a candidatura de Lula.

Este complexo xadrez político, repleto de incertezas, promete marcar as eleições de 2026, com a direita enfrentando desafios internos enquanto tenta se organizar para um embate crucial.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: Luis Nova/Especial Metrópoles @LuisGustavoNova

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